Pelo menos 174 pessoas tiveram de receber tratamento hospitalar por terem sido afetadas pelos incêndios que assolam a ilha da Madeira desde segunda-feira e 27 casas estão inabitáveis. Até às 16:30 desta terça-feira, era esse o balanço do Governo Regional, comunicado pelo próprio presidente, Miguel Albuquerque. Apesar de se manterem as condições meteorológicas propícias à propagação do fogo, por agora a situação está “perfeitamente controlada” e “relativamente consolidada”.
Dos feridos, 22 receberam tratamento por problemas respiratórios, havendo ainda uma pessoa com queimaduras "infelizmente com alguma gravidade", indicou.
Essa pessoa, um idoso que sofreu queimaduras depois de recusar abandonar a habitação, na freguesia do Monte, vai ser transferido para a unidade de queimados do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, num avião da Força Aérea.
Quanto à viatura dos bombeiros de Câmara de Lobos que teve um acidente testemunhado pela TVI, e que feriu os dois ocupantes, um tem uma fratura no membro superior e o outro escoriações.
Governo regional pede mão mais pesada para fogo posto
"Tenho quase a certeza que o fogo começou com mão humana", afirmou, em conferência de imprensa, o presidente do Governo Regional.
Linha de emergência
Miguel Albuquerque anunciou, ao mesmo tempo, que foi criada uma linha de emergência (926768743) que funcionará durante 24 horas para prestar todas as informações necessárias à população.
“Foi acionado o Fundo de Socorro Social no valor de 163 mil euros, numa deliberação do governo para apoio à construção de habitações destruídas ou danificadas e para reabilitação de realojamentos”
O programa comunitário Proderam (Programa de Desenvolvimento da Região Autónoma da Madeira) também contempla medidas para recuperação de terrenos agrícolas afetados pelos incêndios, explicou ainda.
Será feito um novo balanço pelas 20:30.
Açores dão ajuda
O presidente do Governo dos Açores disponibilizou meios da Proteção Civil ao executivo da Madeira. Numa mensagem enviada a Miguel Albuquerque, Vasco Cordeiro manifesta solidariedade e disponibilidade para prestar auxílio que o Governo regional da Madeira "entender necessário ou adequado", colocando também à disposição do executivo madeirense os “meios existentes no Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores, no âmbito do dever de solidariedade e dando seguimento ao que ficou consagrado no protocolo de cooperação assinado entre os dois executivos a 1 de fevereiro".