A ajuda para Pedrógão Grande também chegou aos animais - TVI

A ajuda para Pedrógão Grande também chegou aos animais

  • CP, com Lusa
  • 23 jun 2017, 15:38
O que resta de Pedrógão Grande

Não há número oficial, mas terão morrido centenas de animais nos incêndios. Setor agrícola juntou mais de 140 toneladas de alimentos para oferecer aos que sobreviveram. Governo vai indemnizar agricultores

O ministro da Agricultura destacou a "imediata solidariedade" de organizações de agricultores e da indústria agrícola, que disponibilizaram mais de 140 toneladas de alimentos para animais, destinados aos cinco concelhos mais atingidos pelos incêndios na região Centro.

"O mais importante é garantir a alimentação adequada aos animais que sobreviveram, já que os pastos e mesmo muitos alimentos armazenados foram destruídos pelo incêndio", disse Capoulas Santos aos jornalistas, à margem de uma conferência promovida, em Coimbra, pela Confederação Nacional de Agricultura (CNA).

De acordo com o ministro, a Companhia das Lezírias, entidade estatal, disponibilizou cerca de 90 toneladas de palha e fenos, a Confederação de Agricultores de Portugal entregou palha e rações, e oito entidades ligadas à Organização das Indústrias de Alimentos Compostos para Animais cedeu mais de 50 toneladas de rações.

O ministro frisou que os alimentos para os animais estão a ser distribuídos em articulação com as autarquias em cinco postos, um por cada município, em Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera (Leiria) e Góis e Pampilhosa da Serra (Coimbra).

O governante anunciou ainda que o ministério da Agricultura decidiu indemnizar os agricultores afetados pelo incêndio, para reposição do potencial produtivo.

Tudo o que sejam máquinas, tratores, reboques, equipamentos, motores de rega que tenham sido destruídos, estábulos, outras instalações agrícolas, pomares, olivais, tudo isso será indemnizado entre 50% e 80% a fundo perdido".

As indemnizações serão disponibilizadas através de um processo de candidaturas, que será aberto "logo que esteja delimitado o perímetro da zona afetada" nos cinco concelhos, adiantou Capoulas Santos.

O ministro da Agricultura anunciou ainda que se encontra "praticamente concluída" a operação de remoção e enterramento de animais mortos na sequência do incêndio, realizada em colaboração com as autarquias e com maquinaria pesada disponibilizada pela empresa Infraestruturas de Portugal.

Embora afirmando desconhecer os números concretos, Capoulas Santos disse que o número de animais que morreram ascender a centenas, enquanto os que necessitam de alimento se cifram em alguns milhares.

Não serão muitos milhares, porque esta era uma zona predominantemente florestal, não era uma zona predominantemente agrícola. [É uma zona] onde há uma agricultura de pequena escala em muitos casos associada à atividade florestal."

 

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