Empresário chinês e um dos seguranças suspeitos de atear incêndio em prédio do Porto em prisão preventiva - TVI

Empresário chinês e um dos seguranças suspeitos de atear incêndio em prédio do Porto em prisão preventiva

  • SL
  • 1 jul 2019, 17:12
Dono de edifício terá mandado atear fogo por pressa em revender o imóvel

PJ esclareceu que os detidos, com idades entre os 20 e 40 anos, serão responsáveis por dois incêndios, que atearam com recurso a um produto acelerante de combustão, em duas datas distintas, tendo o segundo – ocorrido a 2 de março - “assumido proporções muito graves que vieram a provocar a morte de um dos residentes”

Dois dos três homens suspeitos de prática de crimes de incêndio urbano agravado, homicídio e coação agravada, ocorridos a 2 de março na baixa do Porto, ficaram, esta segunda-feira, em prisão preventiva, segundo decisão do Tribunal de Instrução Criminal.

O terceiro detido, já no sábado havia sido restituído à liberdade, tendo hoje ficado sujeito a apresentações periódicas.

Um dos detidos que ficou em prisão preventiva é o proprietário do prédio onde, em março, deflagrou um incêndio que causou a morte de uma moradora.

Na passada sexta-feira, a PJ esclareceu que os detidos, com idades entre os 20 e 40 anos, serão responsáveis por dois incêndios, que atearam com recurso a um produto acelerante de combustão, em duas datas distintas, tendo o segundo – ocorrido a 2 de março - “assumido proporções muito graves que vieram a provocar a morte de um dos residentes”.

Na madrugada do dia 2 de março, os detidos terão provocado a ignição, em três pontos distintos das escadas, painéis e suportes em madeira de acesso ao terceiro andar do prédio, onde vivia uma octogenária com os seus filhos, vindo a provocar a morte de um deles”, refere.

Acrescenta que “dias antes, os mesmos autores já teriam provocado uma ignição no mesmo prédio, contudo esta não teve desenvolvimento, por razões alheias à sua vontade”.

Além da morte do inquilino e de ferimentos e intoxicação por inalação de fumo em vizinhos, a residência ficou destruída e a estrutura do edifício, à data em trabalhos de requalificação, ficou seriamente danificada.

Não fora a pronta intervenção dos Bombeiros Sapadores do Porto, poderia ter provocado a destruição dos prédios confinantes, de natureza comercial e habitacional”, sublinhou a PJ.

Desde a data dos factos e após “inúmeras diligências de investigação, que incluíram várias inspeções realizadas por peritos de incêndios”, a Polícia Judiciária “coligiu matéria probatória que conduziu às detenções, buscas e apreensão de diversos bens e equipamentos relacionados com estes factos”.

Dos três detidos, dois deles já têm antecedentes criminais.

O incêndio que provocou uma morte deflagrou cerca 4:30 da manhã, num prédio de quatro andares da Rua Alexandre Braga, e provocou ainda cinco feridos.

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