Mais de 600 operacionais combatem fogos que ameaçam aldeias - TVI

Mais de 600 operacionais combatem fogos que ameaçam aldeias

  • Redação
  • AR - atualizada às 23:47
  • 23 ago 2016, 18:27

Dois incêndios estavam a ser combatidos ao início da noite por mais de 600 bombeiros no distrito de Santarém, um em Abrantes e outro em Sardoal, com o fogo a ameaçar algumas aldeias. Uma casa ardeu, sem vítimas

Dois incêndios estavam a ser combatidos ao início da noite por mais de 400 bombeiros no distrito de Santarém, um em Abrantes e outro em Sardoal, com o fogo a ameaçar algumas aldeias. O incêndio que deflagrou esta tarde em Sentieiras, Abrantes, passou de três para quatro frentes ativas, tendo ardido uma habitação em Carvalhal, sem vítimas, disse à Lusa fonte da Proteção Civil.

Em declarações à Lusa, o comandante Paulo Cardoso, do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Santarém, disse ter informação de uma casa ardida na Rua da Glória, em Carvalhal (Abrantes), sem vítimas, situação confirmada pelo presidente da junta de freguesia.

Dois irmãos ficaram desalojados, e foram acolhidos por familiares, sublinhando ter sido esta a única casa ardida na freguesia, o que atribuiu à intervenção "pronta e incansável" dos bombeiros.

Às 23:15, a página da Autoridade Nacional da Proteção Civil indicava que o fogo estava a ser combatido por 632 operacionais e 197 viaturas.

Segundo Paulo Cardoso, o combate a este incêndio, que abrange áreas dos concelhos de Abrantes e do Sardoal, tem sido dificultado por lavrar numa zona com muitas pequenas povoações e casas dispersas.

Arderam ainda alguns barracões e armazéns de arrumos.

Paulo Cardoso confirmou a evacuação de uma casa em Sobral Basto, da qual foi retirado temporariamente e por precaução o casal que aí reside, por se tratar de pessoas invisuais que teriam dificuldade em deixar a habitação, que está numa zona isolada, se isso fosse necessário. Segundo o comandante, o casal já regressou a casa.

Ao longo da tarde foi acionada a presença de ambulâncias para o caso de ser necessário retirar pessoas com mais dificuldade de mobilidade, como era o caso de um lar situado em Carvalhal, o que acabou por não se verificar.

Os esforços dos meios no terreno foram concentrados na proteção de pessoas e habitações, esperando Paulo Cardoso que nas próximas horas se possam virar para o combate ao fogo na floresta.

Antes Paulo Cardoso, tinha afirmado à Lusa que "um bombeiro teve um ferimento ligeiro" e que "continua no terreno".

Durante a tarde, a presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, disse à agência Lusa que o incêndio estava "a lavrar com grande intensidade", com "uma frente muito ativa e várias projeções", tendo relatado que havia casas que podiam "estar em perigo, pelo sentido do vento", nomeadamente nas aldeias de Fontes e Carvalhal, no norte do concelho, zona de grande densidade florestal.

Contactada pela Lusa, a presidente da Junta de Freguesia de Fontes, Sónia Alagoa, disse que o incêndio estava "a evoluir na direção das freguesias de Fontes e Carvalhal e a gerar preocupação" na população.

"A situação é muito preocupante e as pessoas estão todas nas ruas e no miradouro a acompanhar o evoluir das chamas. Estamos todos muito apreensivos, porque não esquecemos a devastação que os fogos causaram aqui em 2005", lembrou a autarca.

Em Sardoal, o incêndio começou às 18:38 e mantinha duas frentes ativas duas horas depois, com equipas de Lisboa e Santarém do Grupo de Reforço para Incêndios Florestais (GRIF). Estavam, às 20:30, 79 operacionais apoiados por 24 viaturas.

O "vento forte e as condições do terreno" foram as duas principais dificuldades apontadas pelo responsável do CDOS nos dois locais.

 

Continue a ler esta notícia

EM DESTAQUE