Gavião: incêndio foi dominado - TVI

Gavião: incêndio foi dominado

  • 19 ago 2017, 19:10
Alerta de Incêndios

Apesar desta "boa notícia", a responsável apontou que "vai-se manter todo o dispositivo no terreno", à exceção dos meios aéreos

Foi dominado o incêndio que deflagrava em Gavião, distrito de Portalegre, desde dia 17. 

"O incêndio de Gavião há poucos minutos foi dado como dominado", afirmou a adjunta nacional de operações da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC) Patrícia Gaspar, no 'briefing' diário sobre os fogos florestais na sede da Proteção Civil, em Carnaxide.

Apesar desta "boa notícia", a responsável apontou que "vai-se manter todo o dispositivo no terreno", à exceção dos meios aéreos.

"Ainda temos muitas horas de trabalho pela frente para garantir a extinção deste incêndio", salientou.

Pelas 17:30, as chamas em Gavião estavam a ser combatidas por 547 operacionais, apoiados por 160 meios terrestres e 10 meios aéreos.

A Autoridade Nacional da Proteção Civil contabiliza 103 feridos nos últimos dias devido aos incêndios, oito dos quais em estado grave.

Ainda sem resolução está o incêndio de Mação, no distrito de Santarém. De acordo com o site da Proteção Civil, há ainda uma frente ativa na localidade de Abobreira. Há mais de seis centenas de bombeiros a combater este fogo que não dá tréguas desde dia 16.

Fogo às portas da Covilhã 

Um incêndio nas proximidades da reitoria da Universidade da Beira Interior e próximo de um bairro da cidade da Covilhã estava às 16:00 a mobilizar 74 bombeiros, quatro meios aéreos e 14 viaturas.

De acordo com informação disponibilizada pela página na internet da Proteção Civil, o incêndio deflagrou às 15:18, na localidade de Pião, freguesia de Covilhã e Canhoso, distrito de Castelo Branco.

Contactada pela agência Lusa, o presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, disse que é este é um “lugar estranho” para um incêndio deflagrar e explicou estar a acompanhar a evolução dos acontecimentos.

“A minha leitura imediata foi a de que incendiaram uma zona junto à Senhora do Carmo (já extinto, a 10/12 quilómetros da cidade), de forma que os meios aéreos depois não pudessem aceder a este”, disse o autarca.

Forças Armadas reforçam combate


As Forças Armadas vão reforçar até segunda-feira com mais mil operacionais e dois meios aéreos as ações de patrulhamento e dissuasão dos principais incêndios que lavram no país, segundo o Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA).

”Em virtude da previsão de agravamento das condições meteorológicas, o número de militares a empenhar em reforço às ações de patrulhamento e dissuasão será reforçado em mais cerca de 1000 operacionais e dois meios aéreos entre 18 e 21 de agosto”, adianta o EMGFA em comunicado.

Esta decisão surgiu após uma reunião dos agentes de Proteção Civil (ANPC, ICNF GNR, PSP, Marinha, Exército e Força Aérea) sobre o empenhamento excecional de recursos militares, humanos e materiais, no âmbito das medidas preventivas anunciadas pelo Governo para fazer face ao estado de calamidade preventiva.

O comunicado adianta que as Forças Armadas estão a colaborar na vigilância, patrulhamento e no rescaldo dos principais incêndios que estão a fustigar o país, com um total de 590 militares.

O Exército está envolvido em 39 Missões de Patrulhamento dissuasor, com 436 militares, nos distritos de Aveiro, Braga, Leiria, Porto, Santarém, Viana do Castelo, Vila Real, Viseu, Setúbal, Lisboa e Coimbra.

No terreno estão 13 Pelotões (dois da Marinha e 11 do Exército), quatro Destacamentos de Engenharia, uma equipa com cinco psicólogos e um helicóptero em alerta.

As Forças Armadas destacaram também 19 Equipas de Vigilância (duas da Marinha e 17 do Exército, num total de 75 militares) no âmbito do protocolo estabelecido entre as Forças Armadas e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) para a vigilância às matas e florestas nacionais – plano FAUNOS.

A declaração de Calamidade Pública abrange todos os concelhos dos distritos de Bragança, Castelo Branco, Guarda, Vila Real e Viseu.

O estado de calamidade inclui ainda os concelhos de Águeda, Arouca, Castelo de Paiva, Sever do Vouga e Vale de Cambra (distrito de Aveiro), Almodôvar, Mértola e Odemira (distrito de Beja) e Amares, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Fafe, Póvoa de Lanhoso, Terras de Bouro, Vieira do Minho, Vila Verde e Vizela (distrito de Braga).

No distrito de Coimbra são abrangidos os concelhos de Arganil, Condeixa-a-Nova, Góis, Lousã, Miranda do Corvo, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela, Tábua e Vila Nova de Poiares, enquanto no distrito de Faro abrangidos Alcoutim, Aljezur, Castro Marim, Lagos, Loulé, Monchique, Portimão, S. Brás de Alportel, Silves, Tavira e Vila do Bispo.

Alvaiázere, Ansião, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Porto Mós e Pedrógão Grande são os municípios do distrito de Leiria para os quais esta declaração está em vigor, enquanto no distrito de Portalegre é Castelo de Vide, Gavião, Marvão, Nisa e Ponte de Sor.

Já no distrito do Porto estão abrangidos os concelhos de Amarante, Baião, Felgueiras, Gondomar, Lousada, Marco de Canaveses, Paredes, Penafiel, Santo Tirso, Trofa e Valongo, no distrito de Santarém os municípios de Abrantes, Alcanena, Chamusca, Constância, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Rio Maior, Sardoal, Tomar e Vila Nova da Barquinha e no distrito de Viana do Castelo os concelhos de Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima e Valença.

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