Desde o início do ano, já arderam 118 mil hectares, foram registadas 8.551 ocorrências de fogo florestal e detidas 71 pessoas. O balanço da Proteção Civil foi revelado pelo comandante operacional nacional Rui Esteves.
Numa conferência de imprensa realizada na Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), Rui Esteves alertou para o facto de atualmente os incêndios terem “um comportamento totalmente diferente devido ao combustível acumulado nas florestas e à ausência de ordenamento”, o que faz com que sejam mais severos.
No último balanço semanal, realizado a 25 de julho, o total de área ardida era de 75.264 hectares e já era o maior no mesmo período da última década.
“Sabemos onde começam os incêndios nunca sabemos onde terminam”. Rui Esteves lembrou que alguns incêndios, este ano, após dez minutos de fogo chegaram a ter projeções de cerca de 200 metros.
A tragédia de Pedrógão Grande foi a pior deste ano, tanto em área ardida como em mortes: 73 pessoas perderam a vida. Mais de 200 ficaram feridas.