Jovens feridas em Estremoz continuam internadas em estado grave - TVI

Jovens feridas em Estremoz continuam internadas em estado grave

  • LCM com Lusa
  • 6 ago 2018, 16:49

As duas jovens de 20 e 25 anos sofreram queimaduras num incêndio de sábado

As duas jovens de 20 e 25 anos, internadas em hospitais de Lisboa por terem sofrido queimaduras no incêndio de sábado em Estremoz (Évora), continuavam hoje à tarde numa situação clínica “grave”, divulgou a administração de saúde.

A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) indicou, em comunicado enviado à agência Lusa, que a jovem de 20 anos está internada na Unidade de Cuidados Intensivos de Queimados do Hospital de S. José, integrado no Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC).

A jovem está internada com queimaduras extensas. A situação clínica é grave e complexa, com prognóstico a definir face à evolução clínica”, acrescentou o serviço regional do Ministério da Saúde.

A outra jovem, de 25 anos, está na Unidade de Queimados do Hospital de Santa Maria, que faz parte do Centro Hospitalar de Lisboa Norte (CHLN).

“A jovem apresenta uma situação clínica grave, mas com boa resposta à terapêutica instituída”, referiu a ARSLVT.

O incêndio de sábado em São Bento do Cortiço, no concelho de Estremoz, provocou ferimentos graves nestas duas jovens, que foram transportadas de helicóptero para as unidades hospitalares em Lisboa, mas fez ainda outros quatro feridos ligeiros, todos homens, com idades entre os 20 e os 25 anos, assistidos no Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE).

O jovem de 24 anos, que foi internado em Coimbra com queimaduras de segundo grau em 30 por cento do corpo, encontra-se "estável" e com "prognóstico favorável", informou hoje a unidade hospitalar.

O ferido "tem queimaduras de segunda grau em cerca de 30% da superfície corporal e está estável", disse à agência Lusa fonte da assessoria do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

Segundo a mesma fonte, o jovem de 24 anos encontra-se internado na Unidade de Queimados do hospital, tendo sido helitransportado no domingo, proveniente do hospital de Évora.

O ferido está com "prognóstico favorável" e não se encontra ventilado, acrescentou.

Questionada pela agência Lusa, a fonte da assessoria do CHUC recusou-se a prestar mais esclarecimentos, nomeadamente se a equipa médica considera este ferido ligeiro ou grave e em que parte do corpo é que se encontram as queimaduras.

Segundo fonte do INEM, a avaliação do ferido "é dinâmica", sendo que um "ferido ligeiro pode passar a grave".

A avaliação depende muito da zona da queimadura, da profundidade da queimadura e da sua extensão, nomeadamente se atinge as vias respiratórias, a cara ou órgãos vitais", acrescentou, encaminhando mais esclarecimentos sobre a gravidade dos ferimentos das pessoas afetadas pelo incêndio de Monchique para a Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo, que centraliza a informação sobre os feridos deste incêndio.

A ARS de Lisboa e Vale do Tejo diz que apenas tem informação relativa à ferida de Monchique que está na hospitalizada na região.

A ARS do Centro não quis prestar esclarecimentos adicionais aos já dados pelo CHUC.

Os seis jovens sofreram queimaduras no incêndio rural ocorrido, no sábado, na zona de São Bento do Cortiço, na freguesia de São Bento do Cortiço e Santo Estêvão, no concelho de Estremoz, segundo disse à Lusa o comandante distrital de Évora de Operações de Socorro, José Ribeiro.

Segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), uma bombeira também ficou ferida e foi assistida no Centro de Saúde de Estremoz por cansaço.

Fonte da GNR explicou à Lusa que o fogo, cujo alerta foi dado às 18:30 de sábado, terá tido origem na projeção de faíscas, depois de os cabos de eletricidade terem tocado uns nos outros em consequência do forte vento.

"Assustados", os jovens, que se encontravam no Monte do Cerradinho, próximo do local onde o incêndio deflagrou, terão tentado fugir de carro, mas, antes de entrarem nas viaturas, foram "apanhados" pelas chamas", por o fogo ter "chegado rapidamente devido ao vento muito forte", relatou a fonte.

"Foi uma pessoa que mora nas redondezas que transportou os jovens para o centro de saúde de Estremoz", explicou a fonte da guarda, indicando que o monte onde estavam, propriedade de “um conhecido”, ficou intacto.

As chamas, que deflagraram na zona do Monte da Chapada, nos arredores da cidade alentejana e que foram dominadas nessa mesma noite, queimaram "cerca de 95 hectares" de pasto, mato e olival, de acordo com informações da GNR e da Proteção Civil.

Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara de Estremoz, Luís Mourinha, disse que as seis vítimas não eram do concelho.

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