MAI: "A morte de Diogo Dias marca-nos a todos" - TVI

MAI: "A morte de Diogo Dias marca-nos a todos"

  • Sofia Santana
  • atualizada às 15:11
  • 26 jul 2020, 12:16

O ministro da Administração Interna lamentou, este domingo, a morte do bombeiro Diogo Dias durante o combate ao fogo que começou em Oleiros, Castelo Branco. O governante admitiu que o incêndio é "de grande complexidade" e que poderá mobilizar meios até terça ou quarta-feira.

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, lamentou, este domingo, a morte do bombeiro Diogo Dias durante o combate ao fogo que começou em Oleiros, Castelo Branco.

A morte de Diogo Dias marca-nos a todos e motiva-nos também para homenageá-lo, respondendo ativamente a esta ocorrência."

Eduardo Cabrita realçou ainda “o sentido patriótico e de coragem dos bombeiros de Proença-a-Nova que, mesmo nesta situação trágica, disseram presente e estão entre os 700 que estão, neste momento, a combater o incêndio de Oleiros, Sertã e Proença-a-Nova”.

Questionado sobre a abertura de um inquérito, o titular da pasta da Administração Interna adiantou que “sempre que há morte de operacionais, tal como relativamente a todos os incêndios de grande dimensão, é feito um inquérito técnico pela autoridade envolvente e todas as entidades parceiras”.

“As indicações que temos é que se tratou de um capotamento quando se deslocavam para o teatro de perações num quadro de combate, mas num trágico acidente de viação”, referiu o ministro, desejando a recuperação aos outros quatro bombeiros feridos nesse acidente, relativamente aos quais há “notícias genericamente positivas”.

O governante, que falou aos jornalistas no final de uma reunião do Centro de Coordenação Operacional Nacional (CCON), na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, admitiu que este incêndio, que já alastrou aos concelhos vizinhos de Proença-a-Nova e Sertã, é "de grande complexidade" e pode mobilizar meios até terça ou quarta-feira.

Admitimos que este incêndio - é necessário dizê-lo com realismo - possa envolver mobilização do dispositivo até terça ou quarta-feira, fazendo uma monitorização permanente do nível de resposta”, declarou.

"Neste momento estão mobilizados todos os recursos necessários e adequados a um incêndio de grande complexidade", reiterou.

De acordo com Eduardo Cabrita, “a prioridade é a salvaguarda da vida humana, com a realização das evacuações que se vieram a demonstrar necessárias”.

A nossa prioridade é a salvaguarda da vida humana", salientou.

O ministro informou que está, desde sábado, “em contacto muito próximo” com os presidentes das Câmaras Municipais de Oleiros, Sertã e Proença-a-Nova, considerando que existe “uma plena conjugação na resposta, quer operacional, quer no apoio às populações”.

Mais de 2.000 incêndios em julho

Eduardo Cabrita aproveitou para destacar o “grande nível de profissionalismo” do sistema de combate a incêndios, com mais de 2.000 fogos registados em julho, considerando que “é um combate de todos os portugueses”, inclusive no ordenamento florestal.

De acordo com Eduardo Cabrita, há registo, nos últimos dias, de uma dimensão “muito significativa” de incêndios rurais, com “uma média de 120 incêndios por dia ao longo deste mês de julho, sobretudo nos últimos 10 dias”.

No sábado, registaram-se “123 incêndios, com a participação de 4.400 operacionais e com 103 intervenções de meios aéreos”, revelou o governante, acrescentando que houve “incêndios de dimensão significativa, dois em Ponte de Lima, um em Vinhais, outro em Vila Flor, que foram todos dominados ao final do dia ou durante a noite”.

Neste sentido, o ministro realçou a capacidade operacional, relativamente aos mais de 2.000 incêndios que se verificaram já durante o mês de julho, que tem permitido “um empenho muito elevado do dispositivo, uma resposta imediata”.

O que é fundamental, nestas circunstâncias, é exatamente o reconhecimento deste papel que justifica todo o investimento que deve ser feito na prevenção, para que se possa recorrer menos ao combate”, sustentou Eduardo Cabrita.

Mais de 700 operacionais, apoiados por mais de 200 veículos e 14 meios aéreos combatem, neste domingo, o incêndio que começou no sábado em Oleiros.

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