Risco de incêndio "muito elevado" em várias zonas do país a partir deste sábado - TVI

Risco de incêndio "muito elevado" em várias zonas do país a partir deste sábado

  • SL
  • 10 mai 2019, 19:10
Incêndio

Proteção Civil avançou que estão proibidas as queimadas, por causa do tempo quente e seco

A Proteção Civil alertou, esta sexta-feira, para o aumento do risco de incêndio a partir de sábado, chegando ao nível ‘muito elevado’ em algumas zonas do Algarve, Alentejo e interior norte e centro, e avançou que estão proibidas as queimadas.

Em comunicado, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) alerta a população para o perigo de incêndio florestal entre sábado e terça-feira devido às previsões meteorológicas de tempo quente e seco.

Em declarações à agência Lusa, o adjunto nacional de operações da ANEPC Alexandre Penha explicou que as zonas onde o risco de incêndio é maior são o Algarve, Alentejo e os distritos de Portalegre, Castelo Branco, Santarém, Guarda, Bragança Lisboa e Setúbal.

O comandante Alexandre Penha sustentou que nestas zonas “o risco será maior”, mas nos restantes distritos do país o alerta “não é para descurar”.

Segundo Alexandre Penha, o cenário meteorológico de subidas das temperaturas, acima do habitual para esta altura do ano, vai acontecer a partir de sábado na região sul, estendendo-se depois a todo o território no domingo.

É uma situação que tem a ver com esta onda de calor. Especialmente com uma rotura completa daquilo que é um quadro meteorológico quase invernal em que temos precipitação contínua para um quadro de verão completo, que vai fazer com que haja um agravamento daquilo que são as secagens dos combustíveis que ficam muito mais disponíveis para poderem arder”, precisou.

Alexandre Penha sublinhou que este quadro meteorológico é diferente e não é habitual no mês de maio, além da rutura de um grande período de chuva para um período quase de verão e com temperaturas altas.

Por ter chovido nos últimos dias não quer dizer que não vai haver incêndios porque o combustível está húmido. Aquilo que está previsto é uma secagem muito mais rápida da humidade que existe, quer seja no solo, quer seja no combustível”, disse, frisando que “aquela sensação de segurança que esta chuva deu pode não ser a realidade no terreno”.

O comandante adjunto acrescentou que a região sul não recebeu uma quantidade tão grande de precipitação, especialmente no último mês, e o combustível “está muito mais disponível para poder arder”, constituindo “uma preocupação maior”.

Nesse sentido, a ANEPC chama a atenção para a proibição da realização de queimadas nas zonas onde o alerta de incêndio é elevado.

Alexandre Penha ressalvou que o risco de fogo “varia de concelho para concelho e dentro dos mesmo distrito poderá haver concelhos onde o risco de incêndio será menor”.

O comandante adjunto da ANEPC aconselhou a população a fazer uma avaliação do risco do incêndio junto do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e das autoridades locais, como serviços municipais de proteção civil e GNR, no sentido de saberem se é ou não possível fazer queimadas.

Alexandre Penha disse ainda que a ANEPC dá a população os conselhos idênticos aos do verão, que passam por evitar toda e qualquer fogo dentro do espaço florestal, desde fogueiras, utilização de equipamentos de combustão e fumar dentro desse espaço.

Segundo o IPMA, a temperatura vai subir a partir de sábado e até terça-feira, com as máximas a situarem-se entre os 30 e 35 graus.

 

Proteção Civil reforça meios de combate devido ao risco de fogo

A Proteção Civil anunciou hoje que vai reforçar os meios de combate a incêndio devido ao aumento do risco a partir de sábado, que em algumas zonas do país chegam ao nível “muito elevado”.

O adjunto nacional de operações da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) Alexandre Penha avançou à agência Lusa que foi feito um reforço na estrutura dos bombeiros, na força especial de proteção civil da ANEPC e na GNR, tendo em conta as condições meteorológicas previstas para os próximos dias.

Alexandre Penha disse que alguns meios aéreos foram reposicionados “mais a sul” e os centros de meios aéreos vão ficar com um horário mais estendido.

Foi feito um reforço na estrutura dos bombeiros, na estrutura da força especial de proteção civil, foi feito o reposicionamento de alguns meios aéreos mais a sul que estavam no seu local normal de funcionamento, um horário mais estendido dos centros de meios aéreos para poder ajudar em qualquer operação de combate a incêndio que possa existir”, disse.

O comandante adjunto frisou que o reforço na GNR, através da Unidade Especial de Proteção e Socorro (antigos GIPS), vai ser feito com um pré-reposicionamento mais a sul “para permitir ir às áreas onde o risco de incêndio é mais elevado”.

Segundo o mesmo responsável, os meios aéreos a operar são aqueles que estão previstos para esta altura do ano, designadamente 10 helicópteros de ataque inicial e quatro aviões de ataque ampliado.

Estes meios são colocados no terreno de acordo com o risco de incêndio nos diversos distritos. Este dispositivo está sempre em constante avaliação para ir ao encontro das necessidades e sempre que há este quadro meteorológico faz-se um reposicionamento para cobrir uma área com maior risco de incêndio florestal”, explicou.

Alexandre Penha disse também que devido a este quadro meteorológico foi pedido às forças militares para disponibilizarem patrulhas para vigilância dissuasora naqueles distritos onde o risco de incêndio é maior.

Num comunicado, o Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA) refere que um total de nove patrulhas das Forças Armadas (sete do Exército e duas da Marinha), num total de 36 militares (28 do Exército e 8 da Marinha), vão reforçar de 11 a 14 de maio ações de vigilância terrestre e patrulhamento dissuasor em oito distritos de Portugal Continental, em apoio Proteção Civil.

Segundo o EMGFA, as ações de prevenção vão realizar-se um pouco por todo o país, mas vão ter especial incidência nos distritos de Beja, Bragança, Évora, Guarda, Lisboa, Portalegre, Santarém e Setúbal.

Os militares das Forças Armadas vão ser empenhados em operações de vigilância terrestre e, em caso de necessidade, podem ser empenhados em ações de pós rescaldo, ou de apoio geral às operações de proteção e socorro que possam vir a ser desencadeadas.

O EMGFA indica também que a base aérea número 11, em Beja, vai prestar apoio logístico durante este período para acolher duas aeronaves anfíbias médias FIRE BOSS, pertencentes ao Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR)

O primeiro reforço de meios adicionais no âmbito do DECIR 2019 vai acontecer a partir do dia 15 de maio.

Continue a ler esta notícia

EM DESTAQUE