Suspeitas de "mão criminosa" nos fogos de Abrantes e Alvaiázere - TVI

Suspeitas de "mão criminosa" nos fogos de Abrantes e Alvaiázere

  • PP
  • 12 ago 2017, 13:43

Suspeitas de crime neste dois incêndios foram admitidas pelas presidentes de câmara das duas autarquias

A presidente da Câmara Municipal de Abrantes disse este sábado que tudo indica que os incêndios no concelho, em fase de resolução desde a manhã de hoje, tenham origem criminosa e aguarda agora os resultados das investigações em curso.

Temos a clara noção de que há aqui uma clara tentativa de provocar mais danos. O que aconteceu ontem [sexta-feira] às portas da cidade claramente não foi um reacendimento ou uma projeção, foi um novo incêndio e temos receio de que outras situações possam acontecer e comprometer o trabalho que foi feito durante estes dois dias e meio aqui no concelho de Abrantes”, disse à Lusa Maria do Céu Albuquerque.

A autarca afirma que as suspeitas não se circunscrevem apenas ao incêndio que começou junto aos limites da cidade, mas também “ao grande incêndio”, que consumiu uma vasta área de floresta e colocou aldeias e pessoas em perigo.

Neste momento estão no terreno as entidades competentes para fazer essa avaliação e esperamos que seja conclusiva e que em breve possamos encontrar os responsáveis por esta calamidade que assolou o meu concelho”, acrescentou a presidente da câmara de Abrantes, adiantando também que será feito um patrulhamento no concelho durante os próximos dias.

O fogo entrou esta manhã em fase de resolução, mas todo o dispositivo permanece no terreno, em trabalho de consolidação e rescaldo, sobretudo “nos pontos quentes que ainda se fazem sentir e que são determinantes para consolidar este incêndio e evitar reacendimentos ou novos focos de incêndio”, como explicou a autarca.

As previsões meteorológicas não preveem vento para o dia de hoje, que tem sido um dos grandes obstáculos ao combate ao fogo na região pelos bombeiros, nem temperaturas “excessivamente altas”, acrescentou.

Suspeitas também em Alvaiázere

Em declarações à Lusa, também a presidente da Câmara de Alvaiázere, Célia Marques, realçou que os focos de incêndio que foram sendo registados durante a noite e manhã no concelho "surgiram em sítios completamente opostos", rejeitando a possibilidade de terem sido resultado de projeções.

Há suspeitas de que haja atuação criminosa", vincou a autarca, considerando que o próprio combate ao fogo foi mais complicado face à necessidade de dispersão dos meios para combater focos de incêndio que iam surgindo "em vários pontos do concelho."

 

Continue a ler esta notícia

EM DESTAQUE