Temperaturas descem e país deixa e estar em alerta vermelho - TVI

Temperaturas descem e país deixa e estar em alerta vermelho

  • SS - Atualizada às 13:53
  • 10 set 2019, 12:46
Incêndio em Castro Daire

O alerta especial vermelho de agravamento do risco de incêndio florestal que vigorava em vários distritos vai terminar às 23:59 de hoje

O alerta especial vermelho de agravamento do risco de incêndio florestal que vigorava em vários distritos vai terminar às 23:59 de hoje, passando todo o continente a estar em alerta laranja, devido à diminuição das temperaturas até quinta-feira.

O anúncio foi feito esta terça-feira pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, numa conferência de imprensa que decorreu nas instalações da proteção civil, em Carnaxide, distrito de Lisboa, ressalvando contudo que pode ser novamente decretado um novo alerta vermelho se as condições se agravarem a partir de quinta-feira.

Eduardo Cabrita aproveitou o momento para transmitir a sua solidariedade à família e amigos do piloto que morreu na queda de um helicóptero da Afocelca, em Valongo no passado dia 5.

O ministro realçou também a “capacidade de articulação entre todas as entidades" do sistema de proteção civil e de combate aos incêndios que, com a ajuda das forças armadas, permitiu proteger com eficácia as populações, salvaguardando bens e vidas humanas.

Durante o período em que esteve ativado o alerta vermelho foram contabilizados 1.332 incêndios rurais.

Eduardo Cabrita referiu que se tratou de um período marcado pela severidade das condições atmosféricas e pelo elevado número de incêndios florestais.

Contudo, destacou, foram alcançados resultados promissores, pois a área ardida este ano e até ao momento registou 44% de incêndios rurais a menos do que a média da última década (2009-2019), o que significa numa redução de 68% da área ardida.

Apesar do alerta vermelho terminar às 23:59 de hoje, o ministro assegurou que não haverá um abrandamento do patrulhamento e da vigilância das florestas, contando para o efeito com o apoio das Forças Armadas.

Quanto à semana que passou, com elevadas temperaturas e tempo seco, Eduardo Cabrita considerou que "foi a semana mais exigente para o sistema" de proteção civil no ano em curso.

Questionado sobre os acidentes ocorridos com helicópteros, de que resultou a morte de um piloto, o ministro garantiu que os sinistros estão a ser investigados, preferindo para já destacar o brio e a determinação de quem prestou aquele serviço de proteção das populações e das suas habitações.

Notou, a propósito, que durante o alerta vermelho registaram-se 750 operações de meios aéreos, utilizando as 59 aeronaves disponíveis para o combate aos incêndios rurais.

O ministro revelou ainda que durante o período de alerta vermelho foram enviados seis milhões de SMS às populações, muitos deles em língua inglesa.

Eduardo Cabrita admitiu que, com uma nova subida das temperaturas a partir de quinta-feira, o alerta vermelho possa regressar, após avaliação precisa das condições atmosféricas e de outros fatores que possam vir a surgir.

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