Temperaturas vão continuar a subir e podem atingir os 40 graus - TVI

Temperaturas vão continuar a subir e podem atingir os 40 graus

  • .
  • CE
  • 14 jul 2020, 07:13

Existem cerca de uma centena de concelhos de 14 distritos em risco máximo

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê a continuação de tempo quente, com uma subida gradual pelo menos até sexta-feira.

Durante esta semana a temperatura máxima deverá variar entre 30 e 35 graus Celsius no litoral, devendo atingir valores entre 35 e 40 graus nas regiões do interior.

Também a temperatura mínima apresenta tendência para uma subida gradual, com valores que deverão ser superiores a 20 graus em grande parte do território continental, em especial no interior e no sotavento algarvio, e que são classificadas como noites tropicais.

De acordo com o IPMA, os valores de temperatura estão acima do habitual para a época do ano e esta persistência poderá levar a uma situação de onda de calor em diversos locais do país, em especial no interior.

Na origem do tempo quente está um “anticiclone localizado a nordeste dos Açores, que se estende em crista até ao Golfo da Biscaia, em conjunto com um vale depressionário desde o norte de África até à Península Ibérica, origina o transporte de uma massa de ar quente do norte de África a qual será responsável pela persistência de valores elevados de temperatura ao longo da semana”.

Cerca de uma centena de concelhos de 14 distritos em risco máximo

Cerca de uma centena de concelhos de 14 distritos de Portugal continental apresentam esta terça-feira um risco máximo de incêndio, segundo o IPMA.

Em risco máximo estão cerca de uma centena de concelhos dos distritos de Faro, Santarém, Leiria, Portalegre, Castelo Branco, Guarda, Aveiro, Viseu, Coimbra, Porto, Braga, Viana do Castelo, Vila Real e Bragança.

O IPMA colocou também em risco muito elevado e elevado de incêndio quase todos os concelhos de todos os distritos (18) de Portugal continental.

Segundo o IPMA, pelo menos até ao fim de semana vai manter-se o risco de incêndio máximo e muito elevado em muitos concelhos do continente por causa do tempo quente.

O risco de incêndio determinado pelo IPMA tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo.

Os cálculos são obtidos a partir da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.

Na sequência do tempo quente, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) alertou na segunda-feira para o aumento do risco de incêndios rurais, em especial nas regiões do sul e do interior norte e centro, devido ao vento e subida da temperatura previstos para os próximos dias.

Num aviso à população, a ANEPC destaca um "aumento das condições favoráveis à eventual ocorrência e propagação de incêndios rurais", em especial nas regiões do Sul e do interior centro e norte.

Fonte da Proteção Civil avançou à Lusa que o distrito de Santarém vai estar hoje em estado de alerta especial laranja, o segundo mais grave de uma escala de quatro, devido ao perigo de incêndio rural.

Os distritos de Aveiro, Braga, Bragança Coimbra, Leiria, Lisboa, Porto, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu, vão estar, no mesmo período, em estado de alerta especial amarelo.

Madeira e Açores em risco extremo de exposição aos UV

Os arquipélagos da Madeira e dos Açores apresentam hoje um risco extremo de exposição à radiação ultravioleta (UV).

De acordo com o IPMA, em risco extremo estão os arquipélagos da Madeira e dos Açores, com exceção da ilha das Flores que está com níveis muito elevados.

Para as regiões com risco extremo, o IPMA recomenda que se evite o mais possível a exposição ao sol.

Portugal continental apresenta níveis muito elevados de exposição à radiação UV.

Para as regiões com risco muito elevado, o IPMA aconselha a utilização de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol, protetor solar e evitar a exposição das crianças ao Sol.

O cálculo é feito com base nos valores observados às 13:00 de cada dia relativamente à temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.

Continue a ler esta notícia