Covid-19: 68 mortes e 11.314 reações adversas às vacinas em Portugal - TVI

Covid-19: 68 mortes e 11.314 reações adversas às vacinas em Portugal

Vacinação em Alcoutim, o concelho mais envelhecido da Europa

Mais de 4 mil destas reações foram consideradas graves e incluem dores musculares, dores de cabeça e febre

Em Portugal, foram registadas, até ao dia 22 de julho, 11.314 reacções adversas à vacina contra a covid-19, num universo de  mais de 11 milhões de doses administradas, o que corresponde a uma reação adversa por mil vacinas administradas, de acordo com o Relatório de Farmacovigilância – Monitorização da segurança das Vacinas contra a Covid-19 em Portugal, publicado regularmente pelo Infarmed.

Este rácio tem-se mantido estável desde o primeiro relatório, datado de 30 de maio. O último relatório, com dados até 27 de junho, dava conta de 8.470 reações adversas num total de 8.470.118 vacinas.

Com o decorrer do programa de vacinação, e o estímulo para a notificação de suspeitas de RAM [reações adversas ao medicamento] associadas a vacinas contra a covid-19, este valor tem aumentado. No entanto, ao consideramos o número de casos de RAM (ou o subgrupo dos casos graves de RAM) face ao número total de vacinas administradas, verifica-se que as reações adversas às vacinas contra a covid-19 são pouco frequentes (cerca de 1 caso em mil inoculações) e esta relação tem-se mantido estável", explica o relatório.

Quanto à gravidade das reações, apenas 4.015, ou seja 36% do total, foram consideradas graves.

Destas, há que salientar a ocorrência de 68 mortes.

De acordo com Infarmed, as mortes ocorreram "num grupo de indivíduos com uma mediana de idades de 78 anos e não pressupõem necessariamente a existência de uma relação causal entre cada óbito e a vacina administrada, decorrendo também dentro dos padrões normais de morbilidade e mortalidade da população portuguesa".

Houve ainda 116 reações que colocaram a pessoa em risco de vida e 303 hospitalizações.

Dos casos de RAM classificados como graves, "cerca de 90% dizem respeito a situações de incapacidade temporária (incluindo o absentismo laboral) e outras consideradas clinicamente significativas pelo notificador, quer seja profissional de saúde ou utente".

As reações adversas mais comuns foram a mialgia (dor muscular) registada em 3.044 casos. Houve ainda registo de 2.927 casos de cefaleia (dor de cabeça), 2.830 casos de pirexia (febre), 2.567 casos de dor no local da aplicação, 1.288 casos de fadiga, 1.232 casos de calafrios, 1.148 casos de náuseas. Outras reações verificadas têm a ver com dores nas articulações, tonturas e sensação de mal-estar.

"As RAM notificadas com maior frequência enquadram-se no perfil reatogénico comum de qualquer vacina", afirma o relatório.

Analisando o número de reações adversas para as vacinas dos diferentes laboratórios, também não se verificam discrepâncias entre as vacinas da Comirnaty (Pfizer / Biontech) , Spikevax (Moderna), Vaxzevria (AstraZeneca) ou Janssen (Janssen-Cilag). Em todas o número de reações adversas é de uma por mil doses administradas.

No entanto, o Infarmed avisa que os dados não permitem a comparação dos perfis de segurança entre vacinas, uma vez que foram utilizadas em subgrupos populacionais distintos (idade, género, perfil de saúde, entre outros) e em períodos e contextos epidemiológicos distintos.

 

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