Esclerose múltipla: hospital avisa para efeitos secundários de fármaco - TVI

Esclerose múltipla: hospital avisa para efeitos secundários de fármaco

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S. João enviou para o Infarmed uma notificação de suspeita

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O Centro Hospitalar de São João, no Porto, enviou ao Infarmed uma notificação de suspeita de efeito secundário potencialmente fatal de um medicamento oral para esclerose múltipla, confirmou à Lusa fonte do hospital.

Em resposta a questões colocadas pela Lusa, fonte do conselho de administração do Centro Hospitalar de São João esclareceu que, na semana passada, foi efetuada a «notificação de suspeita de efeito adverso potencialmente fatal» do Fingolimod, substância ativa do primeiro fármaco oral para a esclerose múltipla.

A notificação foi enviada devido ao caso de um doente, utilizador do medicamento em causa, que veio a morrer naquela instituição hospitalar, sem que se saiba, ainda, se esse acontecimento esteve, ou não, relacionado com a toma do fármaco.

«Após a notificação de suspeitas de reações adversas inicia-se um processo de validação e avaliação da informação, em colaboração com a Unidade de Farmacovigilância da região, a fim de aferir se existe uma relação causal entre a toma do medicamento e a reação adversa notificada», explicou à Lusa, em resposta escrita, fonte do Infarmed.

Os casos suspeitos são partilhados com as autoridades internacionais, avançou a mesma fonte do Infarmed, para que se possam comparar as situações decorridas.

O primeiro medicamento oral para a esclerose múltipla, doença para a qual até agora só havia resposta terapêutica injetável, foi aprovado em março pela autoridade que regula o setor.

Trata-se de um fármaco cuja substância ativa é o Fingolimod e que está indicado para o tratamento em doentes com esclerose múltipla «surto-remissão» muito ativa.

Um mês depois, a Agência Europeia do Medicamento (EMA) reforçou as precauções na administração do fármaco para garantir que os benefícios superam o risco cardíaco.
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