Covid-19: idosa de 93 anos internada em Lisboa recupera da doença - TVI

Covid-19: idosa de 93 anos internada em Lisboa recupera da doença

  • HCL
  • 31 mar 2020, 12:47
Covid-19: Conferência de imprensa da DGS

Secretário de Estado da Saúde adiantou ainda que não houve qualquer indicação no sentido da possibilidade de uma cerca sanitária no Porto

Em conferência de imprensa esta terça-feira, o Secretário de Estado da Saúde indicou que uma idosa de 93 anos que estava infetada com Covid-19 recuperou da doença depois de ter estado 11 dias internada num hospital de Lisboa. 

António Sales reconheceu, por outro lado, que o número de recuperados alterou pouco. No entanto, o Secretário de Estado adianta que, como a maior parte dos doentes faz o tratamento em casa, pode ocorrer "um hiato na recuperação".

A maior parte dos doentes trata-se no domicílio o que pode originar um hiato na recuperação. Dessa forma,  os doentes ficam assintomáticos antes da cura, mas demoram mais tempo até os dois testes darem negativo”.

Subscrevendo total confiança na Direção-Geral de Saúde, António Sales anunciou que que durante a noite desta terça-feira irá chegar um avião ao Porto com 3.5 milhões de máscaras, 300 mil toucas, 100 mil batas entre outros equipamentos.

"O nosso objetivo é continuar este trabalho de testar, isolar e proteger. Não podemos baixar os braços”, afirma o Secretário de Estado, num momento em que Portugal regista 160 mortos e 7.443 infetados.

O sub-diretor-geral da Saúde, Diogo Cruz, adiantou que houve duplicação dos números de segunda-feira, justificando que "houve uma tentativa de dar o maior número de números possível e  acabou por existir confluência entre os dados das autarquias e os dados que chegaram via SINAV"

No entanto, este erro de duplicação de resultados será corrigido, a partir desta terça-feira, pois serão utilizados apenas os dados do SINAV, excluindo-se assim os dados reportados pelas regiões.

Sobre a possibilidade da execução de uma cerca sanitária no Porto, decisão que a DGS afirmou que seria tomada ontem, António Sales concluiu que essa possibilidade “não faz qualquer sentido”.

 

A fixação de cercas sanitárias é antecedida por declarações de calamidade pública e é decidida pelo Conselho de Ministros e, caso se verifique situações de emergência, por despacho do Primeiro Ministro e do Ministro da Administração Interna. No caso concreto do Porto, não houve qualquer indicação nesse sentido", explicou o Secretário de Estado da Saúde, sublinhando que este tipo de decisões são sustentadas na avaliação do risco das autoridades de saúde.

O sub-diretor-geral da Saúde disse que irá existir sempre um atraso na comunicação dos casos recuperados, mas, garante, que estes estão a ser seguidos e há conhecimento de "muitas pessoas em casa já sem qualquer sintoma, mas que não estamos a considerar recuperadas porque até termos dois exames negativos, espaçados por 24 horas, elas continuarão em isolamento no domicílio e sem poder andar a circular".

Estamos a viver uma situação excecional porque sabemos que este vírus permanece na orofaringe dos pacientes durante muito tempo, mesmo após já estarem completamente assintomáticos", esclarece Diogo Cruz.

 

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