O luso-americano Marc Gonçalves e mais dois norte-americanos que estiveram sequestrados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e foram libertados em 2008 receberam esta quinta-feira em Miami, nos Estados Unidos, a Medalha de Defesa da Liberdade.
Na ocasião, os três pediram para que não fossem esquecidos os que continuam sob cativeiro da guerrilha colombiana.
«Não esqueçam as pessoas que continuam ali [sequestradas]» na selva, privadas da sua liberdade, expressou Tom Howes, um dos norte-americanos que foram capturados em 2003 pelas FARC.
Numa cerimónia emotiva, o chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, o almirante James Stavridis, impôs as medalhas.
O trio foi resgatado, a 02 de Julho do ano passado, pelo Exército colombiano na «Operação Jaque».
Para os antigos sequestrados, as FARC «são terroristas e todo o mundo sabe, ainda que alguns temam dizê-lo (...) que não são revolucionários, senão assassinos, narcotraficantes e chantagistas (...), um cancro que necessita de ser extirpado».
Os três manifestaram a sua profunda emoção e honra pelo galardão recebido, tendo agadecido ao Exército colombiano e ao Comando Sul norte-americano por os terem trazido «de regresso a casa».
Os homenageados avisaram os políticos colombianos que não se deixem enganar pela «grosseria que são as FARC» e asseguraram que o «cancro» da guerrilha «está agora na Venezuela e no Equador e vai estender-se aos países vizinhos se não for exterminado».
«É uma vergonha quando Chávez [Presidente da Venezuela] fala das FARC e quer ajudá-las», acusou o ex-sequestrado Tom Howes, numa conferência posterior à cerimónia das condecorações.
Luso-americano sequestrado pelas FARC condecorado
- Redação
- SM
- 12 mar 2009, 21:56
Marc Gonçalves foi libertado junto com Ingrid Betancourt
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