Instituto Ricardo Jorge está a preparar estudos serológicos com resultados ainda este mês - TVI

Instituto Ricardo Jorge está a preparar estudos serológicos com resultados ainda este mês

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  • Publicado por Cláudia Évora
  • 6 jul 2020, 15:35
Fernando de Almeida

Os três estudos que estão, neste momento, em cima da mesa vão partir dos resultados preliminares no primeiro inquérito serológico que deverão ser conhecidos ainda em julho. O anúncio foi feito por Fernando Almeida, presidente do INSA

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) está a preparar três novos estudos sobre imunidade à Covid-19, dedicados a pessoas infetadas com o novo coronavírus, profissionais de saúde e mães e recém-nascidos.

O anúncio foi feito esta segunda-feira pelo presidente, Fernando Almeida, durante a conferência de imprensa sobre a pandemia em Portugal, no Ministério da Saúde.

Os três estudos que estão, neste momento, em cima da mesa vão partir dos resultados preliminares no primeiro inquérito serológico que deverão ser conhecidos ainda em julho.

Olhando para os doentes infetados com o novo coronavírus, o objetivo do INSA, segundo Fernando Almeida, passa por perceber o nível de anticorpos e o nível de imunização decorrentes da doença, e no caso das grávidas e recém-nascidos perceber se uma mãe que tenha estado infetada pode ou não transmitir anticorpos ao bebé.

Sobre o estudo dedicado a profissionais de saúde, o presidente do Insa afirmou que o instituto português já foi abordado pela Organização Mundial de Saúde, que demonstrou interesse no projeto e se manifestou disponível para apoiar com recursos materiais.

Para já, o Insa está a trabalhar no inquérito serológico iniciado em maio, e cuja primeira fase terminou na sexta-feira.

Segundo Fernando Almeida, a amostragem inicialmente prevista de 2.072 participantes foi ultrapassada, mas o presidente do instituto não precisou quantas pessoas responderam ao inquérito, afirmando que é possível que ainda recebam mais análises ao longo da semana.

Os primeiros resultados serão conhecidos entre as duas últimas semanas de julho, mas depois seguem-se novos inquéritos que permitirão uma análise mais fina da imunidade em Portugal.

Esperamos perceber concretamente a proporção de casos de pessoas com algum nível ou com um nível elevado de anticorpos”, disse Fernando Almeida, explicando que os testes utilizados nesta altura do inquérito permitem apenas identificar a presença de anticorpos.

O primeiro inquérito será repetido em cinco meses e, posteriormente, de três em três meses, durante um ano. “Isto sempre de acordo com a situação epidemiológica”, ressalvou Fernando Almeida.

Veja também:

Portugal registou mais seis óbitos por Covid-19, em relação a domingo, e mais 232 novos casos de infeção, dos quais 195 foram registados região de Lisboa e Vale do Tejo, segundo os dados da Direção-Geral da Saúde.

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