Covid-19: há 705 utentes de lares infetados e mais de 100 estão hospitalizados - TVI

Covid-19: há 705 utentes de lares infetados e mais de 100 estão hospitalizados

  • Sofia Santana
  • atualizada às 15:27
  • 23 set 2020, 14:40
Marta Temido

Marta Temido afirmou que, atualmente, há 44 surtos de covid-19 em estruturas residenciais para idosos, que afetam 74 unidades

A ministra da Saúde, Marta Temido, informou esta quarta-feira que há 705 utentes em lares infetados com covid-19 e destes 114 estão internados.

A governante disse que, atualmente, há 44 surtos de covid-19 em estruturas residenciais para idosos, que afetam 74 unidades. Dezassete surtos verificam-se no Norte do País, dois no Centro, 23 em Lisboa e Vale do Tejo e dois no Alentejo. 

Estes dados foram divulgados depois de a ministra ter sido questionada sobre os surtos que mais preocupavam as autoridades. Na resposta, Marta Temido sublinhou que "os surtos que mais nos preocupam são os surtos em estruturas residenciais para idosos".

Atualmente, o país tem 285 surtos ativos de covid-19, sendo que a maioria se verifica na região Norte (129), seguida de Lisboa e Vale do Tejo (90). Há ainda 27 surtos ativos na região Centro, 24 no Algarve e 15 no Alentejo.

Segundo Marta Temido, o RT, risco efetivo de transmissibilidade, para o período de 14 a 18 de setembro, está estimado em 1,11, o que significa “uma ligeira redução" face a dados anteriores.

DGS e Santuário estão a fazer avaliações técnicas para cerimónias de outubro

A Direção-Geral da Saúde (DGS) está a analisar o plano de contingência apresentado pelo Santuário de Fátima para a peregrinação de 13 de outubro e os trabalhos já se encontram na fase de preparação técnica.

Segundo a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, já foram realizadas duas reuniões entre a DGS e elementos do Santuário sobre a preparação para as cerimónias religiosas de 13 de outubro e no final será dado o parecer da entidade de saúde ao plano de contingência apresentado para a receção aos peregrinos.

Na primeira reunião [segunda-feira] o santuário apresentou o seu plano de contingência e a segunda reunião já foi de caráter mais operacional com os elementos do pontos focais do santuário", afirmou Graça Freitas na conferência de imprensa sobre a situação da pandemia de covid-19.

Uma vez analisado o plano e vistas as plantas do local, adiantou Graça Freitas, teve início a apreciação do documento para ver se está conforme com as indicações da DGS com vista à elaboração de um parecer final para a realização das cerimónias.

Os trabalhos estão em curso e no final vai haver, como tem acontecido em outros eventos, um acerto baseado na confiança entre os planos do Santuário e os nossos pareceres”, reiterou.

Na última semana, Graça Freitas já tinha dito que não era "expectável" que o santuário de Fátima tenha 55 mil pessoas nas cerimónias de outubro.

Entretanto, a delegada de Saúde Pública do Médio Tejo defendeu que as cerimónias religiosas do 13 de outubro no Santuário de Fátima decorram "sem a presença de peregrinos", a exemplo do que sucedeu em 13 de maio.

No dia 13 de setembro o acesso ao Santuário de Fátima foi bloqueado quando o local atingiu a lotação máxima permitida no contexto da pandemia da covid-19.

As celebrações com a presença de peregrinos desde o início da pandemia foram retomadas no Santuário de Fátima em 30 de maio e a primeira peregrinação internacional com fiéis realizou-se em 12 e 13 de junho.

Portugal contabiliza esta quarta-feira mais três mortos relacionados com a covid-19 e 802 novos casos de infeção, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Desde o início da pandemia Portugal já registou 1.928 mortes e 70.465 casos de infeção.

A DGS indica que as três mortes foram registadas na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde também se verifica o maior número de infeções e o maior aumento diário.

O número de internamentos continuou a subir nas últimas 24 horas, registando-se mais 25, num total de 571 doentes internados com covid-19.

Segundo a DGS, os internamentos nas unidades de cuidados intensivos também aumentaram, sendo agora 77, mais sete do que na terça-feira.

Para dar “uma noção” da utilização neste momento dos serviços de saúde, Marta Temido recordou que o dia em que houve mais doentes internados na primeira fase da pandemia foi no início de abril, com cerca de 1.300 doentes internados e 270 em unidades de cuidados intensivos.

Aludindo à taxa de incidência a sete dias e a 14 dias, dois indicadores que se costumam utilizar quando se compara o país em termos internacionais, a ministra indicou que a sete dias é de 47 novos casos por 100 mil habitantes e a taxa de incidência a 14 dias é de 86,28 casos por 100 mil habitantes.

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