Médicos jovens menos disponíveis para realizar abortos - TVI

Médicos jovens menos disponíveis para realizar abortos

  • CE
  • 20 set 2019, 08:39
Saúde

Grupo de trabalho concluiu que é difícil motivar os profissionais mais novos para se dedicarem à interrupção voluntária da gravidez, que não traz valorização curricular

Os médicos jovens estão menos disponíveis para a realização de interrupções voluntárias de gravidez. 

A responsável pelo grupo de trabalho que está a avaliar a organização dos serviços concluiu que é difícil motivar os profissionais mais novos para se dedicarem à interrupção voluntária da gravidez, que não traz valorização curricular.

O caso que chegou a público de uma mulher no Alentejo que teve de ir a Badajoz fazer um aborto, por falta de resposta no Serviço Nacional de Saúde, relança a questão do acompanhamento destes casos.

A mulher apresentou queixa e a entidade reguladora da saúde deu-lhe razão.

O Bloco de Esquerda apurou, no ano passado, que 33 dos 55 agrupamentos dos centros de saúde não faziam consultas prévias e 10 hospitais não efetuavam consultas ou interrupções de gravidez.

O jornal Público tentou saber quantos profissionais invocam a objeção de consciência, mas a Ordem dos Médicos alegou não ter esse registo. No entanto, a Ordem dos Enfermeiros disse que há registo de pelo menos 285 objetores.

Mais de uma década depois da legalização do aborto voluntário, nas primeiras semanas, o número de interrupções tem vindo a descer. Os últimos dados são de 2017 e revelam que foram feitos quase 15 mil abortos por vontade da mulher.

 

 

Interrupção voluntária da gravidez

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