«Dizia piadas engraçadíssimas com um sentido de humor extraordinário» - TVI

«Dizia piadas engraçadíssimas com um sentido de humor extraordinário»

D. José Policarpo «dizia piadas extraordinárias»

Padre Feytor recorda D. José Policarpo, o Cardeal emérito de Lisboa, mas, sobretudo, «um amigo»

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«Grande amigo que era D. José Policarpo». Assim, numa frase, o padre Feytor Pinto recordou o Cardeal emérito de Lisboa, D. José Policarpo, falecido na quarta-feira, vítima de um aneurisma aos 78 anos.

Numa entrevista ao Diário da Manhã, na TVI, esta quinta-feira, Feytor Pinto afirmou que «não é só a igreja que perde uma figura ímpar, é a sociedade».

«Não era só um homem da igreja. Nem faço a restrição ao país», disse, e descreveu-o em «três palavras: um grande teólogo, pastor admirável e um amigo invulgar».

O padre Feytor Pinto trouxe à antena uma faceta quase desconhecida do cardeal. O seu lado mais pessoal e íntimo.

«Dizia piadas engraçadíssimas com um sentido de humor extraordinário», mas era capaz de «cultivar os silêncios para ouvir os outros».

«Tinha uma grande relação de proximidade» e «não fazia exceção de pessoas», preterindo muitas vezes de falar com personalidades ou deixá-las à espera para falar com uma pessoas «humilde».

Era capaz de dizer «falhaste», com «ternura», como «só um amigo tinha uma linguagem desta», acrescentou.

«Grande pastor, «foi útil até ao último momento quando a morte o veio visitar»

A sua tese de doutoramento começa pelo diálogo intrarreligioso.

A sua tese «Sinais dos tempos» é «exatamente sobre aqueles grandes acontecimentos que pela universalidade caracterizam uma época. «Sinais dos tempos» é um encontro com o mundo para que nesse mundo apareça o mistério de deus salvado».

O padre Feytor Pinto contestou a visão conservadora de D. Policarpo. «Não era um conservador, era um fiel». E, «nessa fidelidade abrangia com uma vastidão de olhares extraordinária toda a teologia».

Era um «teólogo preocupado com as pessoas», inspirado em Paulo VI, e que mostrava um grande «respeito pela dignidade humana lutar por isso até ao fim».

«Podem ser menos aqueles que praticam indo à eucaristia, mas são muitos mais aqueles que descobrem que a igreja tem valores que têm de ser implantados na sociedade». E «José policarpo é um elemento fundamental para compreender isto», concluiu o padre e amigo.
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