Greve geral: exames antecipados para dia 26 de junho - TVI

Greve geral: exames antecipados para dia 26 de junho

Nuno Crato fala de greve aos exames (LUSA)

Alunos do 6º e 9º ano fazem prova de Matemática um dia mais cedo do que o planeado. Nuno Crato justifica

Notícia atualizada às 22:31

O ministério da Educação decidiu antecipar os exames de Matemática para os alunos do 6.º ano e do 9.º ano, que estavam marcados para o dia da greve geral, 27 de junho.

As provas irão então realizar-se no dia 26 de junho.

Em entrevista à RTP, o ministro da Educação justificou a alteração da data com o facto de no dia 27 não estar apenas em causa «um diálogo entre Governo e sindicatos da educação», o que, sublinhou, era o caso na greve de professores que afetou o exame nacional de Português do 12.º ano.

«Está em causa os transportes, a abertura das escolas pelos funcionários. Pensámos que seria muito arriscado e que poderia vir a criar uma instabilidade grande vir a fazer o exame nessa altura», afirmou Nuno Crato.

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«Tendo em vista o prejuízo que a Greve Geral marcada para esse dia poderia acarretar, as provas realizar-se-ão no dia 26 de junho, no mesmo horário em que se realizariam no dia 27», explicou antes o ministério em comunicado.

As centrais sindicais CGTP e UGT convocaram uma greve geral para dia 27 de junho, data para a qual estava prevista a primeira fase dos exames nacionais de Matemática para os alunos finalistas do 2º e 3º ciclos do ensino básico, ou seja, do 6º e 9º anos, respetivamente.

Já esta quarta-feira a Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP) tinha afirmado que o MEC devia adiar os exames de Matemática, para garantir estabilidade dos alunos. Posição semelhante foi tomada pelos diretores de escolas, que pediram ao ministério para refletir sobre o que aconteceu nas escolas na passada segunda-feira, dia de greve de professores que coincidiu com o exame nacional de Português do 12º ano.

No comunicado enviado hoje, o MEC justifica a decisão tomada de antecipar a data dos exames, dizendo que é a que «mais protege os alunos, que poderiam ser prejudicados quer pela impossibilidade de chegarem a horas em função dos transportes, quer pela ausência de professores e funcionários».

O ministério sublinha ainda que «a alteração de um calendário construído de forma extremamente precisa, como é o dos exames nacionais, acarreta sempre inconvenientes».

«No entanto, o MEC tudo fará para que estes sejam minimizados», garante a tutela.

O argumento das limitações e rigidez do calendário de exames foi usado pelo MEC para justificar a não alteração da data do exame de Português para o 12º ano, que decorreu na passada segunda-feira, não acatando, assim, a recomendação do colégio arbitral que decidiu não fixar serviços mínimos para a greve de professores nesse dia.
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