Mais de 3.500 fogos registados e o verão ainda nem chegou - TVI

Mais de 3.500 fogos registados e o verão ainda nem chegou

Incêndio em Mondim de Basto [LUSA]

O crime parece «compensar», já que o facto de em 20113 teram sido detidas 130 pessoas, não demove os incendiários, por descuido ou voluntariamente

Mais de 3.500 incêndios foram registados entre 01 de janeiro e 15 de junho deste ano, sendo os distritos do Porto, Aveiro, Braga e Beja os mais afetados pelos fogos, segundo dados da Autoridade Nacional de Proteção Civil.

De acordo com os dados, a que a agência Lusa teve acesso, entre 01 de janeiro e 15 de junho foram registados 3.601 incêndios, 2.113 dos quais em mato, 720 em campos agrícolas e 768 em povoamento florestal.

Os números da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) indicam que, no que diz respeito aos incêndios florestais, o distrito de Braga foi o mais afetado pelos incêndios, tendo-se registado 332 fogos, que foram combatidos por 2.438 bombeiros, com o apoio de 762 veículos e 17 meios aéreos.

Quanto aos fogos em terrenos agrícolas, o distrito de Beja foi o mais afetado, tendo-se verificado 121 incêndios, que foram combatidos por 1.482 bombeiros, com o auxílio de 448 veículos e seis meios aéreos.

De acordo com a ANPC, Aveiro foi entre 01 de janeiro e 15 de junho o distrito onde se registaram mais fogos em zonas de povoamento (155), que foram combatidos por 1.652 operacionais, com o apoio de 462 meios terrestres e 24 aéreos.

A ANPC indica ainda que o distrito do Porto foi o mais atingido no que diz respeito a incêndios em terrenos não cultivados (406), que envolveram 2.909 bombeiros, apoiados por 831 veículos e 26 meios aéreos.

Os registos indicam ainda que o dia com mais incêndios registou-se a 17 de maio, com 136 fogos, que foram combatidos por 1.632 operacionais, com o auxílio de 480 meios.

Desde o 15 de maio que está em vigor a fase Bravo de combate a incêndios florestais, a segunda mais crítica, envolvendo no terreno 5.175 operacionais, 1.251 viaturas, 34 meios aéreos e 70 postos de vigia.

Durante a fase Bravo estão operacionais 512 equipas de vigilância terrestre, 315 de vigilância e ataque inicial e 681 de combate, segundo os dados disponibilizados pelo Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF).

À fase Bravo - que termina a 30 de junho - sucede a fase Charlie, considerada a mais crítica em risco de incêndios e que decorre entre 01 de julho e 30 de setembro.

As várias fases no âmbito do combate a incêndios são: Alfa (01 de janeiro a 14 de maio), Bravo (15 de maio a 30 de junho), Charlie (01 de julho a 30 de setembro), Delta (entre 01 e 31 de outubro) e Echo (01 de novembro a 31 de dezembro).

O Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) relativo ao ano passado revela que 130 pessoas foram detidas em 2013 pelo crime de incêndio, mais 34 do que em 2012, das quais 48 ficaram em prisão preventiva
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