OMS: obesidade mata 2,8 milhões por ano - TVI

OMS: obesidade mata 2,8 milhões por ano

Obesidade (arquivo)

Estudo alerta para o aumento das doenças não contagiosas

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A obesidade é causa de morte de 2.8 milhões de pessoas por ano, e um em cada três adultos no mundo tem hipertensão arterial, na origem de de metade das mortes por enfarte e doenças cardíacas. A informação é da Organização Mundial de Saúde (OMS), que apresentou nesta quarta-feira o relatório Estatísticas Mundiais de Saúde 2012. O estudo alerta, em síntese, para o aumento das doenças não contagiosas, que representam dois terços das mortes no mundo

Além de contabilizar pela primeira vez dados sobre a tensão arterial, o relatório também passa a contabilizar as pessoas com diabetes: são um em cada 10 adultos no mundo.

A OMS mantém o acento no aumento da obesidade. «Em todas as regiões do mundo a obesidade duplicou entre 1980 e 2008. Hoje, 12 por cento da população mundial é considerada obesa», diz Ties Boerma, diretor do departamento de estatísticas da OMS.

No continente americano, 26 por cento dos adultos são obesos. É a região com maior incidência, no pólo oposto está o Sudeste Asiático, com apenas 3 por cento de obesos.

O estudo tem ainda dados impressionantes sobre as diferenças regionais . Nos países desenvolvidos o combate à hipertensão tem sido bem sucedido, mas estima-se que em África 40 a 50 por cento dos adultos tenham hipertensão. «Muitas destas pessoas continuam por diagnosticar, embora muitos destes casos pudessem ser tratados com medicamentos de baixo custo, que reduziriam significativamente o risco de morte e incapacidade por doenças do coração», diz o relatório.

As últimas contas da OMS, que recolheu dados de 194 países, também revelam alguns indicadores positivos. Como o da mortalidade infantil, entre crianças com menos de cinco anos, que baixou de 10 milhões em 2000 para 7.6 milhões em 2010.

Um dos problemas notados pelos investigadores da SMS é a dificuldade na recolha de dados, pouco sistematizados em muitos países do mundo, nomeadamente os menos desenvolvidos. Um exemplo, dado por Ties Boerma: «Dois terços das mortes no mundo não são registadas. E um terço dos nascimentos também não.»

O aumento das doenças não contagiosas será um dos temas fortes da Assembleia Mundial de Saúde que se reúne de 21 a 26 de Maio em Genebra.
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