Organização Mundial de Saúde preocupada com novo vírus - TVI

Organização Mundial de Saúde preocupada com novo vírus

Gripe suína na França

Vírus da família da SARS, Síndrome Respiratória Aguda Severa, foi identificado em duas pessoas, uma delas internada em Londres

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) está a investigar as implicações para a saúde de um novo vírus, da família do que causa a Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS), identificado em dois pacientes nos últimos meses.

As autoridades britânicas alertaram no sábado ter sido detetado um novo vírus num homem transferido do Qatar para ser tratado em Londres.

O paciente tinha viajado recentemente para a Arábia Saudita, onde um outro homem morreu há meses de uma doença parecida.

O primeiro caso foi detetado e confirmado pelo Centro Médico da Universidade Erasmus, na Holanda, num homem saudita de 60 anos que morreu depois de ser internado.

O novo caso, num homem proveniente do Qatar que adoeceu depois de regressar da Arábia Saudita e foi transferido para Londres quando a sua condição se agravou, foi identificado como um coronavírus.

Trata-se de uma vasta família de vírus que inclui os que causam a gripe comum, mas também a SARS, que em 2003 matou cerca de 800 pessoas numa epidemia que alastrou sobretudo na Ásia.

«Ainda é muito cedo», disse um porta-voz da OMS, Gregory Hartl. «Neste momento temos dois casos esporádicos» e ainda há muitas questões por responder.

Hartl disse ser ainda pouco clara a forma como o vírus se espalhou, já que não há evidências de transmissão de humano para humano.

Depois de identificar o novo vírus, a Agência para a Proteção da Saúde do Reino Unido (HPA) comparou-o com a mostra extraída do paciente saudita e as duas coincidem em 99,5 por cento, com apenas um nucleótido de diferença.

Em ambos os casos, os doentes sofreram de insuficiência renal, «o que surpreendeu os médicos porque normalmente não está associada a uma síndrome pulmonar», explicou Gregory Hartl, citado pela agência noticiosa espanhola EFE.

O doente agora internado em Londres está «em estado crítico», disse Hartl.

A OMS está a recolher mais informação para determinar as implicações destes dois casos para a saúde pública, mas não recomenda, para já, quaisquer restrições a viajar.
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