A Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) apelou este sábado ao ministro Nuno Crato para suspender de imediato os exames do Ensino Secundário marcados para segunda-feira, devido à greve dos professores.
«Pensamos que esta decisão é a decisão mais democrática e que põe todos os alunos em igualdade de circunstâncias», disse à agência Lusa o dirigente da CNIPE Rui Martins.
Os pais alegam que não existem condições para que todos os alunos realizem o exame com normalidade.
«Como pais, aquilo que temos verificado é que não houve consenso, nem chegaram a conclusão. Há, de facto, aqui extremos por parte do ministério e dos sindicatos», afirmou.
A CNIPE pede, assim, ao ministério, «democraticamente», que suspenda a data de segunda-feira, de modo a que todos os alunos façam o exame noutro dia.
«Seria a melhor decisão, suspender esta data», referiu.
Nuno Crato disse na sexta-feira que só na segunda-feira o ministério terá uma resposta para dar aos alunos que eventualmente não consigam fazer os exames nacionais devido à paralisação.
Os exames nacionais do Ensino Secundário, determinantes para o acesso dos alunos ao Ensino Superior, iniciam-se na segunda-feira, decorrendo a primeira fase até 26 de junho.
Para segunda-feira estão marcados exames de Português e de Latim.
Milhares de professores são esperados este sábado pelos sindicatos para uma manifestação em Lisboa, com concentração marcada para as 15:00 na rotunda do Marquês de Pombal, seguida de desfile pela Avenida da Liberdade, contras as políticas do Governo.
A aplicação do regime de mobilidade especial aos professores, as distâncias a que podem ficar colocados e o aumento do horário de trabalho das 35 para as 40 horas semanais são os principais pontos que opõem os docentes ao Governo.
Houve intervenção direta de Cavaco Silva e Passos Coelho
Segundo o jornal «Expresso», Pedro Passos Coelho e Cavaco Silva tiveram uma intervenção directa em busca do diálogo.
O semanário avança ainda que no Conselho de Ministros da última quinta-feira alguns membros do Executivo defenderam o adiamento dos exames.
Segundo o «Expresso», para além do primeiro-ministro e do Presidente da República, a maioria dos ministros defendeu ser necessário explorar todas as hipóteses para evitar pôr em causa os exames.
Paulo Portas, também terá tido uma intervenção directa, mas esta manhã, de visita à feira da agricultura em Santarém, recusou se a falar do assunto que está a marcar a atualidade.
Pais pedem ao ministro da Educação suspensão imediata dos exames
- Redação
- PO
- 15 jun 2013, 12:15
«Pensamos que esta decisão é a decisão mais democrática», defende a Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação
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