Plano Nacional de Cinema arrancará em 23 escolas

Vinte e três escolas do ensino básico e secundário vão adotar, neste ano letivo, o novo Plano Nacional de Cinema.

O projeto apresentado nesta sexta-feira em Lisboa tem como objetivo a formação de novos públicos e a divulgação de «obras cinematográficas de importância histórica».

O Plano Nacional de Cinema (PNC) foi criado pela Secretaria de Estado da Cultura e pelo Ministério da Educação e Ciência e será semelhante a um projeto que já existe desde 1998 no Algarve, intitulado «Juventude Cinema Escola».

A apresentação do PNC foi feita na Cinemateca de Lisboa pelo secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, pela secretária de Estado do Ensino Básico e Secundário, Isabel Leite, e pela coordenadora do projeto, Graça Lobo - também responsável pelo projeto algarvio.

Da lista de filmes sugeridos no plano constam, por exemplo, «Aniki Bóbó», de Manoel de Oliveira, «O garoto de Charlot», de Charlie Chaplin, «Serenata à Chuva», de Stanley Donen e «Eduardo mãos de tesoura», de Tim Burton.

Há também filmes de autores portugueses como João Salavisa, Regina Pessoa, José Miguel Ribeiro, Luís Filipe Rocha e Fernando Lopes.

O PNC inscreve-se na nova Lei do Cinema e do Audiovisual e tem como intuito sensibilizar o público para as práticas cinematográficas e, em particular, para o cinema português.

«Em cada uma das escolas o plano será desenvolvido por um professor coordenador, sob a direção e com a responsabilidade do diretor da escola ou do agrupamento», referiram à agência Lusa as tutelas da Cultura e Educação.

Tal como no projeto algarvio «Juventude Cinema Escola», ao longo do ano letivo serão realizadas várias atividades em que os alunos irão tomar conhecimento da história do cinema e serão incentivados a criar clubes de cinema nas escolas.