Mataram com faca e bola de bilhar por 170 euros - TVI

Mataram com faca e bola de bilhar por 170 euros

Criminalidade

Julgamento dos três homens começa esta segunda-feira em Braga. Um dos suspeitos está em fuga

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A Vara Mista de Braga inicia segunda-feira o julgamento de três acusados de assassinarem, com 13 facadas e pancadas de uma bola de bilhar, um automobilista de Felgueiras a quem roubaram 170 euros, noticia a Lusa.

A acusação do processo, a que a Lusa teve acesso, indica que os arguidos esfaquearam a vítima, antes e após a roubarem, agrediram-na com uma bola de bilhar e abandonaram-na em agonia, num local isolado do concelho de Braga.

Assalto a cabeleireiro com mulher baleada

Mais tarde, incendiaram a viatura com o alegado objectivo de eliminar os vestígios do crime, refere a acusação do MP. Um perícia médico-legal detectou marcas de agressões no abdómen, na cabeça, pescoço, tórax e membros superiores da vítima, sendo causa de morte directa as lesões meningo-encefálicas, associadas a choque hipovolémico, resultantes das facadas.

Um dos suspeitos está a monte

Os factos remontam a 14 de Julho do ano passado e os arguidos acusados neste processo são homens entre os 21 e os 33 anos. Dois estão em prisão preventiva e o outro vai ser julgado à revelia, já que se encontra em parte incerta e tem pendente um mandado de captura europeu.

De acordo com o MP, os alegados homicidas acompanharam a vítima em pequenos percursos dentro de Felgueiras e, depois de uma paragem num café, apoderaram-se da viatura que conduzia.

Desferiram-lhe as primeiras facadas ainda naquela localidade, para a obrigar a entregar-lhes o dinheiro em seu poder (70 euros) e para a coagir a dar-lhes o seu cartão Multibanco e a fornecer-lhes o respectivo código secreto. Na posse do cartão e do código, levantaram 100 euros numa máquina ATM de Torrados, Felgueiras.

Bola de bilhar dentro de meia

Ainda de acordo com o texto da acusação, seguiram para um palheiro anexo à Quinta da Tomada, em Gondizalves, Braga, onde envolveram uma bola bilhar numa meia, que usaram para agredir o ofendido na cabeça e no corpo, e voltaram a golpeá-lo em várias partes do corpo «com objecto de natureza cortante».

Abandonaram-no ali mesmo, onde viria a falecer, voltando para Felgueiras, a fim de incendiarem a viatura da vítima «para fazer desaparecer todos os vestígios» do crime, refere ainda a acusação.

Um dos arguidos estava em liberdade condicional desde Julho de 2006, depois de ter sido condenado a quatro anos de cadeia por tentativa de homicídio, furto qualificado e detenção de arma proibida. Para depor neste processo, o MP arrolou 20 testemunhas, uma das quais testemunhará por videoconferência, a partir de Matosinhos, «por motivos de segurança».
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