«Não use a Linha Saúde 24», avisam farmacêuticos - TVI

«Não use a Linha Saúde 24», avisam farmacêuticos

Call-Center da Linha 24 horas

Ordem não reconhece a validade das informações prestadas e diz que há perigo para a saúde

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A Ordem dos Farmacêuticos (OF) desaconselhou esta segunda-feira o recurso à Linha Saúde 24 porque não reconhece a validade das informações prestadas pelo serviço em matéria de medicamentos, noticia a Lusa.

Profissionais da Linha Saúde 24 rejeitam críticas

«Desaconselhamos o recurso da população a este serviço enquanto a entidade gestora não proceder à contratação de profissionais com formação e competências adequadas», lê-se num comunicado hoje divulgado.

A linha Saúde 24 foi criada em 2007 para dar assistência em cuidados de saúde, fazendo triagem e aconselhamento dos utentes, tendo em vista evitar que estes se desloquem aos hospitais e centros de saúde sem necessidade.

A OF alerta que este aconselhamento terapêutico não tem sido supervisionado por um farmacêutico e que «é efectuado por colaboradores sem qualificações para o efeito», o que constitui não só uma infracção ao Estatuto da Ordem, como ao próprio contrato de concessão estabelecido entre a Direcção Geral da Saúde e a Linha de Cuidados de Saúde, SA.

De acordo com aquele estatuto (decreto-lei 288/2001) é da exclusiva responsabilidade dos farmacêuticos a informação e consulta sobre medicamentos de uso humano e veterinário e sobre dispositivos médicos, sujeitos e não sujeitos a prescrição médica, junto de profissionais de saúde e de doentes.

«As recentes notícias vindas a público sobre o funcionamento deste serviço, e os testemunhos de alguns colegas farmacêuticos que nele trabalharam, reflectem, aliás, alguma desorganização no serviço e comprovam os receios da OF em relação às informações que são disponibilizadas à população», acrescenta no comunicado.

A OF adianta que já solicitou uma reunião com a entidade gestora do serviço para analisar este «incumprimento do acto farmacêutico» e resolver um problema que considera «grave» e que «poderá inclusivamente colocar em causa a saúde e qualidade de vida» dos doentes e as terapêuticas que lhes formam prescritas.
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