Casos de cancro do pâncreas estão a aumentar - TVI

Casos de cancro do pâncreas estão a aumentar

[Reuters]

Em Portugal são registados 1.400 novos casos da doença, cuja taxa de sobrevivência aos cinco anos é de apenas 5%

O registo de cancro do pâncreas em Portugal está a aumentar, com 1.400 novos casos por ano, e a taxa de sobrevivência global aos cinco anos deste tumor maligno é de apenas 5%, alerta a Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia.

“A sobrevivência global aos cinco anos [do cancro do pâncreas] é de apenas 5%” e “existem em Portugal 1.400 novos casos por ano”, alertou hoje o presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia, José Cotter, recordando que o cancro do pâncreas é o “terceiro mais frequente do sistema digestivo, a seguir ao cancro do cólon e ao cancro do estômago”.


Em entrevista telefónica à Lusa, a propósito do Dia Mundial do Cancro do Pâncreas, que se assinala esta sexta-feira, dia 13, José Cotter avisa que a predisposição familiar para o cancro do pâncreas é um fator de risco, assim como o “tabagismo crónico” (aumenta duas a três vezes a probabilidade de haver cancro do pâncreas), a “ingestão de gorduras”, “obesidade” e o “sedentarismo”.

Dor ou desconforto abdominal, falta de apetite, emagrecimento e cansaço são “queixas inespecíficas” que muitas vezes são desvalorizadas, mas às quais de deve ter atenção, sublinhou o médico especialista José Cotter, sugerindo às pessoas para consultarem o médico, “porque não devem estar a protelar algo que se passa no organismo e que não é de todo normal”.

Para se fazer o diagnóstico, o primeiro exame é a ecografia abdominal, um exame não invasivo e inofensivo e, caso haja suspeitas, são feitos outros exames mais sofisticados, como por exemplo a tomografia computadorizada (TAC), ressonância magnética (RM) ou a ecoendoscopia, técnica mais recente em que é utilizada uma sonda de ecografia de alta resolução.

O cancro do pâncreas é, de todos os cancros, o que tem a taxa de sobrevivência mais baixa e, sem melhorias no diagnóstico, prevê-se que venha a tornar-se a segunda principal causa de morte por cancro em 2030.
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