Portuguesa raptada em Moçambique foi bem tratada e a família pagou resgate - TVI

Portuguesa raptada em Moçambique foi bem tratada e a família pagou resgate

Jéssica Pequeno e a família

Segundo o relato da mãe, Dina Pequeno, a filha foi sempre bem tratada ao longo dos quatro dias em que esteve desaparecida. Os raptores permitiram que Jéssica tivesse acesso a comida, água, cuidados de higiene e ainda a medicação

portuguesa de 27 anos raptada na segunda-feira em Matola, arredores de Maputo, foi bem tratada e já se encontra junto da família. Terá regressado na noite de quinta-feira, por volta das 23:00 (hora local, 21:00 em Lisboa). 

De acordo com o jornal O Ponto, a mãe contou que Jéssica foi sempre bem tratada ao longo dos quatro dias em que esteve desaparecida. Os raptores permitiram que esta tivesse acesso a comida, água, cuidados de higiene e ainda a medicação, uma vez que a jovem portuguesa sofre de colite intestinal, que a obriga à toma de um medicamento específico.   

Os sequestradores libertaram-na na quinta-feira à noite, depois de terem recebido o pagamento do resgate, feito pela família. O montante não foi revelado.

O importante é que ela está em casa, o resto não conta", disse a mãe, Dina Pequeno. 

O restaurante "Burako da Velha", gerido pela mãe e o padrasto de Jéssica, vai permanecer encerrado nos próximos dias, uma vez que a família está a equacionar a hipótese de regressar a Portugal, apurou o jornal. 

A vítima foi intercetada na segunda-feira de manhã num dos seus percursos diários, entre casa, o trabalho e a habitação da ama do filho, tudo na cidade da Matola, o grande subúrbio ao lado da capital moçambicana.

Desde o início de 2020, as autoridades moçambicanas registaram um total de 10 raptos, cujas vítimas são empresários ou seus familiares.

Em outubro, um grupo de empresários na cidade da Beira, província de Sofala, centro de Moçambique, paralisou, por três dias, as suas atividades em protesto contra a onda de raptos no país.

A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), maior agremiação patronal do país, também já exigiu por diversas ocasiões um combate severo a este tipo de crime e até o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, já pediu mais medidas.

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