GNR foi bater à porta de Rendeiro: mulher diz que só sabe que foi para Londres, mas mantém contacto - TVI

GNR foi bater à porta de Rendeiro: mulher diz que só sabe que foi para Londres, mas mantém contacto

Julgamento BPP (Mário Cruz/ Lusa)

Militares tentaram executar, sem sucesso, mandado de detenção do ex-banqueiro, emitido pelo Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa

A GNR tentou, sem sucesso, executar o mandado de detenção de João Rendeiro, emitido pelo Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, tendo encontrado apenas a mulher do ex-banqueiro, que, ainda assim, confirmou manter contacto com o marido.

João Rendeiro estará fora do país há mais de duas semanas, notícia que foi avançada pela TVI, com o objetivo claro de fugir à justiça portuguesa para não cumprir pena.

Na passada sexta-feira, ao final da tarde, os militares da GNR deslocaram-se à casa de João Rendeiro, um condomínio de luxo em Alcabideche, Cascais, mas identificaram apenas a sua mulher e um segurança/porteiro do espaço, segundo um documento a que a TVI teve acesso.

A mulher de João Rendeiro respondeu que o marido “não se encontrava” em casa, confirmando que aquele deixou o país há cerca de duas semanas, “sem conseguir especificar a data”, e que o motivo da viagem, sem data de regresso, “seria por questões de saúde”.

A deslocação ao estrangeiro, tal como a TVI adiantou, seria "a Londres", no Reino Unido, “não fornecendo qualquer outro detalhe”.

No entanto, apesar de não dar informações sobre a localização de João Rendeiro, a mulher confirmou que "mantém contacto ocasional via telefone" com o marido.

Nesta diligência para execução do mandado de detenção, a GNR de Alcabideche falou também com o segurança do condomínio privado, que confirmou que não via João rendeiro há cerca de duas semanas e que "este se fazia sempre acompanhar de um motorista".

A 28 de setembro, o ex-presidente do BPP foi condenado a três anos e seis meses de prisão efetiva num processo por crimes de burla qualificada. 

Em maio deste ano, o tribunal condenou Rendeiro a 10 anos de prisão efetiva pelos crimes de fraude fiscal, abuso de confiança e branqueamento de capitais num processo extraído do primeiro megaprocesso de falsificação de documentos e falsidade informática.

Em julho de 2020, em outro processo também relacionado com o BPP, Rendeiro tinha sido condenado a cinco anos e oito meses de prisão efetiva.

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