Deus e o Diabo: "A cara falha de memória" de Vítor Constâncio e os sete pecados mortais do Governo - TVI

Deus e o Diabo: "A cara falha de memória" de Vítor Constâncio e os sete pecados mortais do Governo

  • CE
  • 7 jun 2019, 22:22

No Deus e o Diabo, desta sexta-feira, José Eduardo Moniz debruçou-se sobre a "enorme falta de memória" de Vítor Constâncio, relativamente aos 350 milhões de euros emprestados pela Caixa Gera de Depósitos a Joe Berardo. Apontou falhas ao Governo de António Costa, ,as seguindo a lógica dos sete pecados mortais. Houve ainda tempo para José Eduardo Moniz refletir sobre os voos que têm sido cancelados nos Açores desde o início do ano, e apontou para um ponto sensível: o isolamento das populações

No Deus e o Diabo, desta sexta-feira, José Eduardo Moniz debruçou-se sobre a "enorme falta de memória" de Vítor Constâncio, atual vice-presidente do Banco Central Europeu e ex-governador do Banco de Portugal, sobre os 350 milhões de euros emprestados pela Caixa Gera de Depósitos (CGD) a Joe Berardo. 

O apresentador revelou que há quase 5 mil credores do antigo Banco Espírito Santo (BES) a reclamar cerca de 5 mil milhões de euros, mais juros. Em setembro, com o fim do processo de liquidação do BES, será definida a lista de quem tem direito a quê. Uma parte desta fatura pode vir a pesar nos bolsos do contribuintes. Até agora, os portugueses já contribuíram com 8 mil milhões de euros para salvar os depositantes do BES.

Comentou ainda as falhas do Governo de António Costa com base nos sete pecados mortais: gula; avareza; luxúria; ira; inveja; preguiça; soberba. 

  • Gula - pela elevada carga fiscal
  • Avareza - pelas cativações de Mário Centeno que atrapalham o investimento público 
  • Luxúria - a corrupção que continua no país
  • Ira - os ataques à economia privada impulsionada pelos partidos que formam a geringonça
  • Inveja - pela popularidade de Marcelo Rebelo de Sousa 
  • Preguiça - pelas reformas estruturais que continuam na gaveta 
  • Soberba - pela arrogância nos debates parlamentares  

Fez ainda referência ao facto da EDP, em 2009, ter ganho um concurso, para a construção da Barragem do Fridão e que agora, passados 10 anos, o Governo cancelou o concurso e não quer reembolsar a EDP. Em causa, estão 218 milhões de euros. Mais uma fatura que pode vir a cair para o lado dos contribuintes. 

O apresentador de Deus e o Diabo, colocou em cima da mesa o caso de Manuel Sousa, padre em três paróquias do norte, que tem dois filhos de mães diferentes. mas, ainda assim, continua a exercer as suas funções. O visado recusou o pedido de entrevista, mas Eduardo Moniz  teve como convidado o teólogo Henrique Pinto para fazer uma análise deste caso. 

Num outro momento do programa, foi abordado o tão sensível tema das touradas. Na próxima segunda-feira, vai haver uma manifestação contra as corridas de touros em Santarém. José Eduardo Moniz colocou frente a frente os dois lados: o dos aficionados, representado por Hélder Mineiro, da Associação Prótouro, e os que querem acabar com estas práticas, representados por Luís Martinho, fundador do movimento "Santarém Sem Touradas".

Houve ainda tempo para o apresentador de Deus e o Diabo refletir sobre os voos que têm sido cancelados nos Açores desde o início do ano, e apontou para um ponto sensível: o isolamento das populações. 

Longe dos centros de decisão, afastado dos grandes circuitos comerciais e culturais, com lacunas nas infraestruturas de ponta, como o caso da saúde. Não é fácil"

Disse que, esta semana, passou quatro dias no arquipélago, visitou três ilhas, e chegou à conclusão que o principal problema são os transportes. 

O cancelamento de voos sem aviso prévio tornou-se habitual. Eu próprio tive de passar por isso"

Entre ilhas os cancelamentos atingiram um total de 258, sendo que 71 não foram por razões atmosféricas, já na SATA Internacional foram 79, e destes, 37 não estavam ligados ao mau tempo. 

Esta semana, José Eduardo Moniz escolheu como frase da semana uma afirmação de Antonoaldo Neves, presidente executivo da TAP, a propósito dos polémicos prémios que a empresa atribuiu a alguns dos seus funcionários. No lugar de Pior da Semana, ficou Vítor Constâncio, por ter tido "a mais cara falha de memória até agora conhecida": as operações que em 2007 permitiu a Joe Berardo levantar na CGD 350 milhões de euros. Já no lado oposto, o Melhor da Semana, foi eleito Cristiano Ronaldo por marcar os três golos da vitória de Portugal frente à Suiça. 

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