Operação de «Homem sem rosto» já está paga - TVI

Operação de «Homem sem rosto» já está paga

Sociedade

Ministério da Saúde esclareceu gastos com intervenção cirurgíca de José Mestre

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O Ministério da Saúde (MS) anunciou esta quinta-feira que já pagou ao hospital norte-americano que operou José Mestre, conhecido por «homem sem rosto», cerca de 108 mil euros, faltando liquidar cerca de 12 mil euros, escreve a Lusa.

O MS esclarece em comunicado que «o Serviço Nacional de Saúde (SNS) pagou já, contra entrega de factura pelo hospital norte-americano, mais de 150 mil dólares norte-americanos, ficando apenas por liquidar cerca de 17 mil dólares, cuja factura ainda não foi enviada».

A irmã de José Mestre disse na quarta-feira à Lusa que o Estado português apenas pagou as despesas da cirurgia, tendo todas as outras expensas sido suportadas por terceiros.

Edite Abreu negou assim a informação avançada à Lusa por Cláudio Correia, responsável da Direção Geral da Saúde (DGS) pela área da assistência médica no estrangeiro, segundo o qual teria cabido ao SNS o pagamento de toda a despesa: intervenção cirúrgica, alojamento, viagens e acompanhamento

Cláudio Correia esclareceu, entretanto, que de acordo com o regime legal que regula o regime de assistência médica no estrangeiro todas as despesas são pagas pelo hospital público português onde o doente é seguido.

O Ministério da Saúde adianta que a DGS, por proposta do Hospital Fernando da Fonseca, autorizou no passado dia 15 de Abril o tratamento médico-cirúrgico de José Mestre no Saint Joseph Hospital, em Chicago.

«De acordo com a mesma proposta, foi ainda autorizada a deslocação de um acompanhante, assumindo o Serviço Nacional de Saúde (SNS) as despesas com a sua deslocação e estadia», salienta no comunicado.

Apesar desta autorização - sublinha o MS - a irmã de José Mestre informou o Hospital Fernando da Fonseca que «uma cadeia de televisão americana, interessada em produzir um documentário sobre o caso clínico, assumia todas as despesas relacionadas com viagens, estadia e outras despesas, não só da irmã, como de outro familiar e do próprio doente, ficando as despesas clínicas exclusivamente a cargo do SNS».

«No que se refere à despesa com a acompanhante, a mesma foi paga pela referida cadeia de televisão norte-americana, facto que antecipadamente foi informado, não apenas pela irmã do senhor José Mestre, como pela própria estação televisiva, pelo que não foi duplicado qualquer pagamento, como bem mandam as regras de boa gestão dos dinheiros públicos», sublinha.

O MS reafirma «toda a sua confiança no tratamento que foi dado a este processo pelos profissionais envolvidos, sendo falso que esteja qualquer valor em dívida».
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