A irmã de José Mestre, o homem que foi operado nos Estados Unidos a um tumor no rosto, afirmou esta quarta-feira que o Estado português apenas pagou as despesas da cirurgia, tendo todas as outras expensas sido suportadas por terceiros, escreve a Lusa.
Edite Abreu negou assim a informação avançada na segunda-feira à Lusa por Cláudio Correia, responsável da Direcção-Geral da Saúde pela área da assistência médica no estrangeiro, segundo o qual teria cabido ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) o pagamento de toda a despesa: intervenção cirúrgica, alojamento, viagens e acompanhamento.
«O Serviço Nacional de Saúde só pagou a cirurgia, só as despesas hospitalares. Tudo o que é extra hospital foi pago por outros meios: a viagem, a estadia, a alimentação e o tradutor», disse Edite Abreu, especificando estar nos Estados Unidos com o irmão e com a filha.
Cláudio Correia esclareceu, entretanto, que de acordo com o regime legal que regula o regime de assistência médica no estrangeiro todas as despesas são pagas pelo hospital público português onde o doente é seguido.
Neste caso concreto, foi prescrito que José Mestre - conhecido por «homem sem rosto» - deveria ser acompanhado pela irmã e, consequentemente, seriam pagas as despesas do doente e da acompanhante.
Deste modo, ficariam de fora apenas as despesas da filha de Edite Abreu. Contudo, esta afirma que não estão a ser pagas por Portugal as despesas extra-hospitalares de nenhum dos três.
Contactada pela Lusa, fonte oficial do conselho de administração do Hospital Amadora Sintra afirmou, igualmente, que a lei obriga que o hospital assuma todos os encargos, se for caso disso, como é esta situação.
A mesma fonte acrescentou apenas que o hospital já assumiu algumas despesas clínicas, mas que ainda não foram contabilizadas no total, porque o doente ainda não teve alta.
Quanto a outras despesas «está tudo em aberto», face ao que a lei determina, ou seja, relativamente a outros encargos.
SNS: irmã de «homem sem rosto» nega gastos
- tvi24
- PP
- 20 out 2010, 19:32
Edite Abreu garante que o Estado português apenas pagou as despesas da cirurgia, nos Estados Unidos
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