Advogado de Sócrates volta a recorrer da prisão preventiva - TVI

Advogado de Sócrates volta a recorrer da prisão preventiva

João Araújo diz ainda não ter sido notificado da decisão

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O advogado de José Sócrates disse, esta sexta-feira, que vai recorrer do prolongamento da prisão preventiva do ex-primeiro-ministro, apesar de ainda não ter sido notificado da decisão do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC).

O Correio da Manhã noticia esta sexta-feira que o juiz Carlos Alexandre decidiu prolongar a prisão preventiva de José Sócrates por mais três meses, após parecer do procurador do Ministério Público Rosário Teixeira.

Segundo o matutino, Carlos Alexandre alega que o ex-primeiro-ministro poderá perturbar a investigação, caso seja libertado, fundamento aplicado, igualmente, ao empresário e amigo de José Sócrates Carlos Santos Silva, também detido no âmbito da “Operação Marquês”.

“A defesa de José Sócrates, para além de reagir judicialmente por todos os meios contra as decisões assim comunicadas, e, em respeito da Lei, por que continua a orientar-se, vai denunciar, ainda hoje, mais este facto ao DIAP de Lisboa, no âmbito do inquérito às violações de segredo de justiça mandado instaurar pela PGR, e diretamente também aos dois Magistrados a que está confiada a guarda e a regularidade do processo.”, disse João Araújo em comunicado.


O advogado de José Sócrates afirma ainda que "nem o Senhor Engenheiro José Sócrates nem os seus advogados foram notificados da decisão, cujos termos e fundamentos desconhecem".

“A defesa de José Sócrates assinala a extraordinária circunstância, qual é a de esta decisão, desta vez tomada com antecipação do prazo legal – a anterior foi-o com 13 dias de atraso – ser dada a conhecer, não pelos meios que a Lei prevê, mas através do canal privilegiado pelos Senhores Juiz e Procurador para transmitirem as suas decisões”.


José Sócrates foi detido a 21 de novembro de 2014, no aeroporto de Lisboa, e o empresário Carlos Santos Silva tinha sido detido no dia anterior.

José Sócrates é acusado dos crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção.
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