Circulatura do Quadrado: PS nunca "abandonou José Sócrates", diz Ana Catarina Mendes - TVI

Circulatura do Quadrado: PS nunca "abandonou José Sócrates", diz Ana Catarina Mendes

Ana Catarina Mendes revelou que, enquanto secretária-geral adjunta do PS, foram várias as ocasiões em que tentou contactar o ex-primeiro-ministro e classificou como "uma tremenda injustiça" o ataque feito ao partido

José Sócrates deu, esta quarta-feira, a primeira entrevista desde que foi conhecida a decisão instrutória do juiz Ivo Rosa sobre o processo da Operação Marquês.

O ex-primeiro-ministro foi entrevistado pelo jornalista José Alberto Carvalho no Jornal das 8, na TVI. A entrevista de Sócrates foi o principal tema e esteve sobre escrutínio na Circulatura do Quadrado.

Ana Catarina Mendes foi perentória ao classificar como "uma tremenda injustiça" o ataque de José Sócrates dirigido ao PS, sobretudo, a António Costa e Fernando Medina.

É uma tremenda injustiça o ataque que é feito quer à direção do Partido Socialista quer ao próprio António Costa, considerando-o como um traidor, como foi considerado não só na entrevista de hoje, como nos últimos dias. O PS nunca apagou a história do seu partido. Felizmente, sabe que José Sócrates deu a primeira e única maioria absoluta do Partido Socialista, foi secretário-geral e foi primeiro-ministro. O PS, desde o início, quase há sete anos, sempre disse que deixaria o processo correr na justiça. Acho que esta parte final da entrevista é absolutamente injusta para o Partido Socialista”, referiu Ana Catarina Mendes.

A líder parlamentar socialista acrescentou ainda que, enquanto secretária-geral adjunta do PS no últimos quatro anos, foi quem "recebeu a carta de desfiliação" do antigo primeiro-ministro e que "em muitos momentos, da vida do partido, tentou contactar José Sócrates".

Ana Catarina Mendes reitera que no PS "ninguém abandonou José Sócrates, deixaram foi que a justiça fizesse o trabalho tem de fazer”.

Para Lobo Xavier, a narrativa apresentada por Sócrates assenta na "teoria que foi montada uma cabala que envolve juízes, Ministério Público, governantes, a direita e o PS para todos juntos, de forma conspirativa e articulada, o impediram de ser candidato à Presidência da República”.

O comentador da TVI enalteceu ainda a coragem de José Alberto Carvalho em ter aceitado conduzir uma entrevista a "mitómano, que mente desde tempos imemoriais".

Era uma posição muito corajosa para o José Alberto Carvalho, porque este homem anda a mentir há 14 anos. Não é a mentira política, própria dos políticos, é a mentira sobre a sua própria vida. Este homem mente desde tempos imemoriais. Mente aos amigos, ao seu círculo próximo, mostrando a sua vida dissoluta, a sua vida de filho pródigo com o dinheiro da mãe. Mente desde aí e um mitómano é uma coisa muito difícil de enfrentar, sobretudo, se já é mitómano há muito tempo, que já vive naquele personagem”, disse Lobo Xavier.

 

Pacheco Pereira realçou que Sócrates é "uma peste no sistema político português" e reitera que “tudo aquilo soa a falso"

O comentador da Circulatura do Quadrado explicou que acredita que o ex-primeiro-ministro “vai continuar nesta senda convencido que é o Lula português", mas reiterou não "há Lulas portugueses".

Um homem que é um mentiroso contumaz, o que comprovou na entrevista, não é sério, o que comprovou na entrevista, faz bullying, ameaça, agride, toma um tom agressivo como se houvesse ali não uma consciência de inocência, mas uma consciência de culpa. (...) A entrevista tem um aspeto muito interessante. Sempre que José Alberto Carvalho fazia uma pergunta concreta e começava a contar os elementos que estão no processo, ele interrompia, porque isso é a parte que na prática o coloca numa pior situação”, explicou Pacheco Pereira.

 

José Pacheco Pereira esclareceu ainda que o ataque de Sócrates ao PS ser benéfico para o partido e, sobretudo, para António Costa.

Pacheco Pereira salientou ainda que José Sócrates foi quem mais contribuiu para a ascensão do populismo e da extrema-direita no panorama nacional.

Ninguém contribuiu mais para a força da extrema-direita, em Portugal, do que José Sócrates. Ninguém! Uma parte importante do crescimento do populismo deve-se à perceção da corrupção no topo, ele foi primeiro-ministro. Quando um primeiro-ministro é acusado, daquilo que foi acusado, e dá as explicações que deu, isso afeta a democracia”, realçou Pacheco Pereira. 

 

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