Defesa de Sócrates vai processar o semanário Sol - TVI

Defesa de Sócrates vai processar o semanário Sol

Sócrates faz conferência pública sobre "Justiça e Política" (ANTÓNIO JOSÉ/LUSA)

Manchete e notícias do jornal desta sexta-feira são consideradas ofensivas “da honra e consideração” do ex-primeiro-ministro


José Sócrates vai processar o semanário Sol pelos crimes de “difamação e calúnia” devido à manchete e notícias divulgadas esta sexta-feira. A informação foi avançada pelos advogados de José Sócrates, através de um comunicado enviado aos órgãos de comunicação social.

No documento pode ler-se:
 

“Tais manchetes e notícias ofendem de forma grave a honra e consideração do Senhor Eng. José Sócrates, referindo mesmo factos relativos à intimidade da sua vida privada e familiar, e serão evidentemente objeto de adequada reacção judicial, nomeadamente por difamação e calúnia”


João Araújo e Pedro Delille consideram ainda que as notícias espelham que:
 

“Toda a investigação e toda a imputação de crimes que nela é feita ao nosso constituinte não passa de isso mesmo: de devassa e de mentiras. Devassa sobre factos da sua vida privada e familiar e opiniões pessoais, especulativas e sem qualquer fundamento sério”


Recorde-se que no início desta semana o Tribunal da Comarca de Lisboa deferiu uma a providência cautelar interposta pela defesa de José Sócrates que proíbe o grupo Cofina de publicar notícias
sobre o caso Operação Marquês.

Já esta sexta-feira e  face a notícias recentemente publicadas, 
o Tribunal da Comarca de Lisboa esclareceu que a providência cautelar de José Sócrates contra a Cofina “não proíbe a publicação de notícias”, mas "apenas" a divulgação de elementos do processo em segredo de justiça.
 

“Tal como não proíbe qualquer investigação jornalística ou a publicação de notícias sobre investigações jornalísticas anteriores, presentes ou futuras sobre o mesmo caso ou sobre os arguidos”


A magistrada esclarece ainda que “a proibição decretada apenas reafirma o segredo de justiça, que ainda vigora relativamente a quem não intervém no processo de inquérito [Operação Marquês], limitando o acesso à informação nos exatos termos e com os limites que decorrem do regime de segredo de justiça”.
Continue a ler esta notícia