Sócrates ouvido pelo Ministério Público - TVI

Sócrates ouvido pelo Ministério Público

Ex-primeiro-ministro chegou a Lisboa ao início da tarde e saiu do DCIAP pelas 18:45

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José Sócrates foi ouvido, esta quarta-feira, pelo Ministério Público, apurou a TVI. O ex-primeiro-ministro viajou de Évora para Lisboa, onde foi inquirido nas instalações do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP). 

Ao que a TVI apurou, as medidas de coação aplicadas ao ex-primeiro-ministro não foram revistas. José Sócrates foi ouvido devido a novos factos que surgiram no decorrer da investigação. 

Segundo uma fonte ligada ao processo disse à agência Lusa, a inquirição de José Sócrates por um procurador do Ministério Público estava marcada para as 14:30, tendo ex-primeiro ministro saído da Cadeia de Évora cerca das 13:00.

O ex-primeiro-ministro abandonou as instalações em Lisboa pelas 18:45. 

José Sócrates foi detido a 21 de novembro de 2014, no aeroporto de Lisboa, e o empresário Carlos Santos Silva foi detido no dia anterior. 

José Sócrates está indiciado pelos crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção e está em prisão preventiva há seis meses. O amigo do ex-primeiro-ministro estava também em prisão preventiva, mas esta terça-feira foi libertada e passou a aguardar o decorrer do processo em prisão preventiva. 

Na passada sexta-feira, João Araújo manifestou a intenção de recorrer da prisão do seu constituinte. O advogado de defesa do ex-primeiro-ministro, José Sócrates, diz que só pode existir uma “motivação política muito forte” para que, depois de seis meses, Sócrates continue detido “sem que lhe digam porquê”. José Sócrates fez a sua defesa na TVI, respondendo a várias perguntas. 

Declarações proferidas na sexta-feira aos jornalistas, precisamente à saída do Estabelecimento Prisional de Évora, depois de uma vista ao ex-primeiro-ministro."Seis meses de prisão sem acusação, sem factos, sem provas. Um caso que foi anunciado como sendo sólido, cheio de provas, uma solidez a toda a prova e estamos assim. O máximo que se conseguiu foi prender pessoas, não há mais nada", disse João Araújo. 

O advogado dizia que estava “desagradado” com a forma como todo o processo está a ser desenvolvido, afirmando, mesmo, que este caso o “enoja” e “envergonha”. 

Araújo disse que soube que José Sócrates vai ficar detido mais três meses pela “primeira página do Correio da Manhã", em vez de ter sido informado pela Justiça.

Agora, um dia depois do amigo Carlos Santos Silva ter visto a medida de coação alterada e ficado em "prisão domiciliária" com pulseira eletrónica, Sócrates é ouvido pelo Ministério Público. 

Na noite de 21 para 22 de novembro de 2014, o país parou com a notícia da detenção do ex-primeiro-ministro, José Sócrates, à sua chegada a Lisboa, vindo num voo de Paris. Nunca um ex-chefe de Governo tinha sido detido na história da democracia portuguesa.  

Nos dias seguintes, Sócrates foi ouvido no Campus de Justiça, em Lisboa, pelo juiz Carlos Alexandre, que acabaria por determinar ao ex-primeiro-ministro a medida de coação mais gravosa que a lei portuguesa permite: a prisão preventiva. Está detido no Estabelecimento Prisional de Évora desde então, por suspeitas dos crimes de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal. 
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