Esta quinta-feira a Polícia Judiciária levou a cabo uma nova busca no âmbito da Operação Lex. O alvo da diligência são os escritórios de Natércia Pina, arguida num outro processo denominado Operação Pratos Limpos.
A informação da busca foi confirmada à TVI por fonte oficial da Procuradoria-Geral da República que acrescentou, ainda, "que não foram constituídos novos arguidos" no processo.
A diligência teve início da parte da manhã e a meio da tarde ainda decorriam.
Recorde-se que o juiz Rui Rangel é suspeito dos crimes “recebimento indevido de vantagem, corrupção, branqueamento de capitais, tráfico de influência e de fraude fiscal”, no âmbito da Operação Lex.
Natércia Pina é arguida na Operação Pratos Limpos, que investiga a sua atividade enquanto diretora dos serviços hoteleiros do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, relacionada com concurso para a exploração de cafetarias e refeições nos hospitais públicos, as buscas ao escritório prendem-se com as suspeitas de troca de favores com o juiz Rui Rangel, escreve a Lusa.
As alegadas trocas de favores relacionam-se com supostos pagamentos de despesas de Rui Rangel, em troca de decisões judiciais favoráveis para a arguida.
A operação Lex foi desencadeada a 30 de janeiro e envolveu mais 33 buscas, das quais 20 domiciliárias e foram acompanhadas por José Souto de Moura, juiz conselheiro e antigo procurador-geral da República.
O Estádio da Luz, as casas do presidente do Benfica Luís Filipe Vieira, de dois juízes (Rui Rangel e Fátima Galante) e três escritórios de advogados foram alguns dos alvos.
Rui Rangel e Fátima Galante são dois dos 13 arguidos desta operação que envolve, entre outros, o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, o vice-presidente do clube Fernando Tavares, e ainda João Rodrigues, advogado e ex-presidente da Federação Portuguesa de Futebol.
No rol de arguidos estão outros advogados e uma ex-companheira de Rui Rangel. A Operação Lex teve origem numa certidão extraída da Operação Rota do Atlântico.