O Tribunal São João Novo, no Porto, condenou esta sexta-feira 46 de 49 arguidos a penas efetivas e suspensas na sua execução por tráfico de droga agravado, branqueamento de capitais e posse de armas ilegais.
Destas 49 pessoas, três foram absolvidas, 20 condenadas a penas efetivas de prisão entre os 2 e 13 anos e 26 punidas com penas suspensas na sua execução entre um e cinco anos.
Segundo a acusação, os traficantes de droga cometeram os crimes entre 2010 e 2013, ano em que acabaram detidos pela PSP do Porto, após 77 buscas domiciliárias.
O líder do grupo, de 27 anos, detido no Estabelecimento Prisional de Custoias, foi condenado a 13 anos de prisão efetiva por ter ficado provado que contava com a rede para lhe vender a droga, atividade que lhe trouxe lucros “avultados” e que lhe permitiu investir em imóveis, carros de luxo e aplicações financeiras.
Dado o seu património, no valor de 691 mil euros, ter sido conseguido através da prática de atividade ilícita, o coletivo de juízes decretou-o perdido a favor do Estado.
Segundo o coletivo, os arguidos não se podem limitar a dizer que trabalham, têm de provar de onde vêm os rendimentos para adquirirem determinados bens.
O juiz presidente explicou ainda que as penas de prisão, suspensas na sua execução, são uma «oportunidade» do tribunal para os arguidos «refazerem a vida».
As buscas domiciliárias e escutas telefónicas entre os arguidos foram «fundamentais e decisivas» para o «apuramento da verdade», frisou.
A advogada de defesa do principal arguido, Marisa Oliveira, admitiu recorrer da sentença, embora já esperasse uma condenação com «dois dígitos».
46 de 49 arguidos em processo de tráfico de droga condenados
- Redação
- MM
- 27 fev 2015, 21:31
20 condenadas a penas efetivas de prisão entre os 2 e 13 anos e 26 punidas com penas suspensas na sua execução entre um e cinco anos
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