Adiado início do debate instrutório de suspeitos de matar empresário em Braga - TVI

Adiado início do debate instrutório de suspeitos de matar empresário em Braga

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Um dos arguidos pediu o afastamento da juíza, por não ter sido notificado dos autos da instrução, considerando que o devia ter sido

O início do debate instrutório do processo que envolve sete homens acusados pelo sequestro e homicídio de um empresário de Braga foi esta segunda-feira adiado, porque um dos arguidos pediu o afastamento da juíza.

O arguido em causa, que não requereu a abertura de instrução, pediu a recusa da magistrada por não ter sido notificado dos autos da instrução, considerando que o devia ter sido.

O pedido vai agora ser apreciado pelo Tribunal da Relação do Porto e, posteriormente, marcada nova data para a realização de debate no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto.

Os sete homens, entre os quais dois advogados, são suspeitos de sequestrar um empresário de Braga a 11 de março de 2016, de o matar e dissolver o cadáver em 500 litros de ácido sulfúrico.

Em prisão preventiva (medida de coação mais gravosa), os arguidos estão acusados dos crimes de associação criminosa, furto qualificado, falsificação ou contrafação de documentos, sequestro, homicídio qualificado, profanação de cadáver e incêndio.

De acordo com a acusação do Ministério Público (MP), aqueles sete arguidos "organizaram-se entre si, criando uma estrutura humana e logística, com o propósito de sequestrar um empresário de Braga, de o matar e de fazer desaparecer o seu cadáver".

Com isso, pretendiam "impedir de reverter um estratagema" mediante o qual o património dos pais da vítima fora passado para uma sociedade controlada por dois dos arguidos.

À saída do tribunal, o advogado de defesa de Pedro Grancho Bourbon, arguido também ele causídico de profissão, afirmou aos jornalistas que pediu a abertura de instrução (fase facultativa do processo para determinar se o caso segue ou não para julgamento) porque o seu cliente está inocente.

Encontra-se demonstrado nos autos que não teve qualquer participação no planeamento e na execução dos crimes pelos quais se encontra acusado”, disse António Barreto Archer.

O mandatário de Pedro Bourbon acrescentou que deu hoje entrada no tribunal de um requerimento para a revogação da medida de coação.

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