O alemão acusado de duplo homicídio da namorada angolana e da filha de ambos, durante umas férias no Algarve, em julho de 2010, negou esta sexta-feira a autoria do crime, na abertura do julgamento, em Munique.
«Isso não corresponde à verdade», disse Gunnar Dorries, quando a promotora pública lia a queixa-crime.
Convidado a descrever-se a si mesmo, o arguido, de 44 anos, afirmou que é «uma pessoa natural, simpática e calma», tentando deixar boa impressão na sala de audiências. O engenheiro alemão disse ainda que a sua relação com a vítima, Georgina Zito, de 30 anos, «era uma amizade, o que é mais do que uma relação», alegando que tinha rompido a referida «amizade» quando a sua namorada alemã se mudou de Inglaterra para Munique, a cidade onde ele já vivia.
Gunnar tinha conhecido Georgina num concerto musical em Estugarda, em 2006, e pouco tempo depois a angolana ficou grávida de Alexandra, que o pai só conheceu nas férias de 2010 em Portugal.
Segundo o Ministério Público, o réu terá matado Georgina - com quem tinha mantido uma relação amorosa que não assumiu, por viver com outra mulher - e a filha de ambos, Alexandra, de 21 meses, durante as férias que passou com elas em Lagos.
As polícias portuguesa e alemã apuraram posteriormente que o suspeito viajou para Portugal a 06 de julho, na companhia de Georgina, que residia em Estugarda, e da filha Alexandra, alojando-se com elas num hotel de Lagos.
A 10 de julho, Dorries, terá arrastado Georgina para a água na Praia do Canavial, onde a afogou, simulando um acidente, presenciado por algumas testemunhas portuguesas que tentaram interpelá-lo, mas que repeliu, desaparecendo em seguida com a pequena Alexandra nos braços.
Horas depois, chegou ao hotel já sem a filha, e a 13 de julho viajou para Lisboa, num carro de aluguer, apanhando depois um avião para Munique.
Algarve: alemão nega homicídios de namorada e filha
- tvi24
- MM
- 9 mar 2012, 14:08
Julgamento de Gunnar Dorries arrancou esta sexta-feira em Munique
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