Casa Pia: Carlos Cruz arrola mais 20 testemunhas - TVI

Casa Pia: Carlos Cruz arrola mais 20 testemunhas

Casa Pia

Testemunhas serão ouvidas na repetição de parte do julgamento que agora se inicia

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O advogado de defesa de Carlos Cruz, Ricardo Sá Fernandes, disse esta sexta-feira que arrolou mais 20 testemunhas para serem ouvidas durante a repetição de parte do julgamento do processo Casa Pia, que envolve factos ocorridos em Elvas, noticia a agência Lusa.

À entrada para a segunda sessão do julgamento, no Campus da Justiça, em Lisboa, Ricardo Sá Fernandes adiantou aos jornalistas que solicitou a identificação de todos os pais das crianças que, entre 1999 e 2000, passaram pela casa de Elvas, onde Gertrudes Nunes era ama da Segurança Social.

O advogado do apresentador de televisão considera ser suficiente que a repetição do julgamento decorra em mês e meio.

«Vamos ter a oportunidade de demonstrar neste processo que Elvas é uma fantasia, como é fantasia todo o resto que se atribui a Carlos Cruz», afirmou, acrescentando que a prova que for feita na repetição do julgamento acaba por ter relevância para o resto do processo.

Ricardo Sá Fernandes considerou ainda «excessiva» a duração do julgamento, sublinhando que «não havia necessidade de demorar seis anos».

O advogado referia-se, sobretudo, aos 20 meses de espera entre as alegações finais e a leitura da sentença.

A segunda sessão de repetição da parte do julgamento da casa de Elvas começou cerca das 10:30, estando ausentes os arguidos Hugo Marçal e Gertrudes Nunes.

Um coletivo da Relação de Lisboa, presidido por Rui Rangel, decretou em fevereiro a nulidade do acórdão de primeira instância relativo a factos ocorridos em Elvas.

O tribunal de primeira instância havia entendido que abusos sexuais alegadamente cometidos por Carlos Cruz, Carlos Silvino e Hugo Marçal na casa de Elvas haviam ocorrido num dia indeterminado do último trimestre de 1999, e não num sábado, como dizia a acusação.

Esta alteração de data - que alargou o período temporal - não foi comunicada pelo tribunal aos arguidos antes do acórdão, para estes apresentarem nova prova, motivo pelo qual a Relação de Lisboa mandou repetir esta parte do acórdão.

Entretanto, o Tribunal Criminal de Lisboa agendou cinco novas audiências, para inquirição de testemunhas e produção de prova.

As novas audiências vão realizar-se nos dias 24 e 28 de setembro, 1, 12 e 22 de outubro.

No dia 24 serão ouvidas quatro testemunhas.

O tribunal deixou para mais tarde a decisão de vir ou não a ouvir de novo as vítimas (assistentes no processo).

[notícia atualizada às 11:50]
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