Leonor Cipriano: médica exclui queda - TVI

Leonor Cipriano: médica exclui queda

Leonor Cipriano

Especialista diz que lesões não terão sido provocadas por queda de escadas

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Uma médica especialista em medicina legal excluiu esta terça-feira, no Tribunal de Faro, a hipótese de queda de escadas de Leonor Cipriano, uma tese que poderia justificar as alegadas agressões na cara e corpo da assistente neste processo.

«Essas lesões [algumas das lesões de Leonor Cipriano observadas em fotografias que constam do processo] não são fruto de queda em escadas. Muito dificilmente aconteceriam lesões na cara e na região abdominal se fosse queda de escadas», declarou Teresa Magalhães, directora da delegação do Norte do Instituto Nacional de Medicina Legal e vogal do conselho directivo.

Questionada pelo Ministério Público, a especialista chegou mesmo a admitir que algumas das lesões, pela distribuição no corpo, eram «sugestivas de pontapés e socos» e que numa queda de escadas «haveria mais lesões no dorso e mãos» e menos lesões nos olhos, por estes estarem mais protegidos.

Na consulta técnico-científica, requerida pelo Tribunal de Faro, e que a especialista realizou com base nas fotografias onde Leonor Cipriano aparece com lesões em vários sítios da cara e corpo, Teresa Magalhães referiu ainda que as equimoses (vulgarmente conhecidas por nódoas negras) foram feitos «pelo menos em dois momentos diferentes».

«As lesões do braço parecem mais antigas do que as lesões dos olhos e do abdómen que parecem não ter mais de dois dias», declarou a especialista, referindo, contudo que a «fotografia vale o que vale», que as imagens «nunca são um elemento rigoroso» e que são «imagens virtuais daquilo que aconteceu» na realidade.
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