Vale e Azevedo não foi notificado sobre mandado de detenção Europeu

João Vale e Azevedo ainda não foi notificado pelas autoridades britânicas sobre o mandado de detenção europeu emitido pelo Estado português, disse à Lusa o advogado Edward Perrott, da firma inglesa que representa o antigo presidente do Benfica.

«Ainda não recebemos o mandado», afirmou à Lusa, na quinta-feira ao final do dia, o causídico da firma de Taylor Vinters, que representa Vale e Azevedo no Reino Unido.

O antigo presidente do Benfica fixou residência em Londres, apesar de ser procurado pela Justiça portuguesa, na sequência da condenação, em Outubro de 2006, a sete anos e meio de prisão pelos crimes de falsificação e burla qualificada.

No mês passado, a Procuradoria-Geral da República enviou às autoridades britânicas um mandado de detenção europeu em nome de Vale e Azevedo, visando a sua extradição para Portugal.

Recusando falar de «possíveis apelos» para impedir a extradição do seu cliente, «nesta fase», Edward Perrott garante que os advogados do antigo presidente do Benfica vão tomar as «medidas necessárias» junto da justiça britânica, «se e quando» Vale e Azevedo tiver de comparecer em tribunal.

Para «ilustrar as preocupações» de Vale e Azevedo em relação a uma eventual extradição para Portugal, Edward Perrott recorda «as declarações do bastonário da Ordem dos Advogados», Marinho Pinto, no dia 26 de Junho, no Parlamento.

Na altura, o bastonário afirmou aos jornalistas que João Vale e Azevedo teria «razões de queixa da Justiça portuguesa», por alegadamente ter sido «humilhado publicamente, tendo sido preso perante as câmaras de televisão à saída de um restaurante».