Almeida Pereira dirige PJ do Porto - TVI

Almeida Pereira dirige PJ do Porto

Jornalistas à entrada da sede da PJ no Porto (JOAO ABREU MIRANDA/LUSA)

Sucessor de Vítor Guimarães é procurador no DIAP da Invicta. Já o acusaram de viajar a expensas do Futebol Clube do Porto. Recentemente admitiu a intenção de processar Ricardo Bexiga. Mas não terá avançado Vítor Guimarães demitiu-se

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António Almeida Pereira é o novo director da PJ do Porto. A informação foi confirmada ao PortugalDiário por fonte do Ministério da Justiça.

O magistrado exercia actualmente funções no Departamento de Investigação e Acção Penal do Porto (DIAP).

Ouvido pelo PortugalDiário, Almeida Pereira limitou-se a referir: «Fui contactado e aceitei». O procurador não quis, para já, prestar mais declarações, nomeadamente sobre as polémicas que vai enfrentar a respeito da investigação aos crimes da noite do Porto.

Refira-se que o seu antecessor, Vítor Guimarães, se demitiu em conflito com a procuradora Helena Fazenda, nomeada para coordenar a equipa especial que investiga os crimes na noite do Porto.

Dado tratar-se de um magistrado, a comissão de serviço carece de autorização do Conselho Superior do Ministério Público.

Segundo a fonte do Ministério da Justiça, o nome de António José de Almeida Pereira, 53 anos, 27 anos de profissão, foi proposto pelo director nacional da PJ, Alípio Ribeiro, e aceite pelo ministro da Justiça, Alberto Costa.

Já o acusaram de viajar a expensas do FCP

Almeida Pereira nunca teve em mãos processos do «Apito Dourado», mas recentemente foi ouvido pelo procurador Agostinho Homem que investiga as circunstâncias em que Ana Maria Salgado foi ao DIAP do Porto desmentir a irmã, Carolina. O magistrado pediu segurança pessoal para Ana Maria. O seu nome foi referido numa notícia que dava conta de que o FCP estava a ser investigado por pagar viagens ao estrangeiro a magistrados.



O clube negou publicamente que alguma vez tivesse pago viagens a magistrados que decidir, tendo a Procuradoria Geral da República esclarecido que a matéria não era alvo de investigação.

Pediu protecção policial para Ana Maria Salgado

Refira-se que Almeida Pereira foi também um dos magistrados, a par da procuradora-adjunta Teresa Morais, que recolheu o depoimento de Ana Maria Salgado, quando a irmã da antiga companheira de Pinto da Costa se deslocou ao DIAP do Porto, no Verão passado, e contradisse as declarações da autora de «Eu, Carolina».

O magistrado chegou mesmo a propor segurança pessoal para a antiga cunhada do presidente portista. As declarações de Ana Maria originaram um inquérito para apurar as circunstâncias em que foram prestadas.

Recentemente, no comunicado lido à comunicação social, os procuradores do DIAP do Porto esclareceram que foi a própria Carolina Salgado quem arrolou a irmã como testemunha, acrescentando que os magistrados não poderiam deixar de recolher a informação que aquela prestou, sob pena de incorrerem num crime de denegação de justiça.

Queria processar Ricardo Bexiga



Almeida Pereira admitiu, em declarações recentes ao PortugalDiário, ter pedido uma certidão do processo relativo às agressões a Ricardo Bexiga para efeitos de procedimento criminal contra o ex-vereador de Gondomar

O magistrado sentiu-se visado pelas declarações do antigo vereador socialista que acusava o DIAP do Porto de ter colocado o seu processo na gaveta durante os 22 meses em que o inquérito esteve naquele departamento.

Mais tarde, e perante a irritação dos magistrados do DIAP do Porto, Bexiga veio referir que se limitou a subcrever as críticas expressas no despacho de arquivamento do processo, que apenas visavam a PSP. Facto que terá levado o procurador a recuar na intenção de processar Bexiga.

Enquanto magistrado, dirigiu o inquérito do «gangue do Vale do Sousa», relativo ao homicídio do inspector da PJ do Porto, João Melo, em 2001, bem como o «caso Guímaro», o primeiro árbitro condenado em Portugal por corrupção no fenómeno desportivo, em 1997
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