Pedófilo condenado fica em liberdade com pena «benévola» - TVI

Pedófilo condenado fica em liberdade com pena «benévola»

Justiça (arquivo)

Jovem de 22 anos estava acusado pelo MP de seis crimes de abusos sexuais de crianças, acabou por ser condenado apenas por dois

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O tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a quatro anos e nove meses de prisão, com pena suspensa, um homem de 22 anos suspeito de ter abusado sexualmente de duas raparigas de 13 anos.

Durante a leitura do acórdão, a juíza-presidente disse que o Tribunal «não ficou com dúvidas» de que o arguido praticou os factos descritos na acusação do Ministério Público (MP).

Segundo a magistrada, o coletivo de juízes baseou a sua convicção nos depoimentos das menores, que relataram os factos «sem vergonhas ou inibições», conjugados com os relatórios médicos.

A juíza referiu ainda que o arguido quebrou o silêncio, na parte final do julgamento, para pedir desculpa, sem assumir, contudo, a prática dos ilícitos.

O jovem que estava acusado pelo MP de seis crimes de abusos sexuais de crianças, acabou por ser condenado apenas por dois, porque o tribunal entendeu que houve «duas resoluções criminosas», para cada uma das vítimas.

O arguido foi condenado a quatro anos e três meses de prisão e três anos e nove meses por cada um dos crimes, resultando o cúmulo jurídico numa pena única de quatro anos e nove meses, suspensa por igual período.

Além da pena de prisão, o arguido terá de pagar uma indemnização de 2.500 euros a uma das vítimas.

No final, a juíza-presidente avisou o arguido para não reincidir neste tipo de crime, ou arrisca-se a ir para a prisão.

«Esta sentença é benévola. Já tem idade para se meter com pessoas mais velhas e não andar à procura de crianças. Afaste-se deste tipo de comportamentos», disse a magistrada.

Os factos ocorreram entre fevereiro e abril de 2014, nos concelhos de Anadia e Oliveira do Bairro.

Segundo a acusação deduzida pelo MP, a segunda rapariga terá sido abusada já depois de o jovem ter sido constituído e interrogado como arguido, no âmbito de um inquérito crime, por abusos sexuais de menores.
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