Homem que matou a sogra a tiro condenado a 16 anos de prisão - TVI

Homem que matou a sogra a tiro condenado a 16 anos de prisão

Na noite de 10 de março de 2015, o homem fez vários disparos de caçadeira contra a porta do apartamento onde vivia a vítima, tendo também ferido a mulher e o cunhado

Um homem que matou a sogra e feriu a mulher e o cunhado com disparos de caçadeira, em março do ano passado, em Faro, foi condenado em tribunal, esta sexta-feira, a uma pena única de 16 anos de prisão.

Na noite de 10 de março de 2015, Miguel Serrano dirigiu-se a casa da sogra, na Rua Serpa Pinto, no centro da cidade, e fez vários disparos de caçadeira contra a porta do apartamento onde viviam as vítimas, atingindo mortalmente a sogra, Maria Cândida Rodrigues, de 62 anos.

Na leitura do acórdão, o juiz disse ter ficado provado que o homem, que não queria aceitar o divórcio, "quis de forma voluntária e consciente" atingir as pessoas que estivessem atrás da porta "em zonas suscetíveis de provocar a morte das mesmas, o que previu e quis".

Mesmo sabendo que as vítimas estavam atrás da porta, Miguel Serrano, caçador desde os 16 anos, efetuou vários disparos a pouca distância da porta e em sentido descendente, acima da zona de fechadura, o que afastou a tese do arguido de que estaria a disparar para a fechadura para tentar abrir a porta.

Segundo o Tribunal de Faro, quando se dirigiu a casa da sogra munido de uma arma, o arguido tinha como propósito matar a ainda mulher e não a sogra, ou o cunhado, afastando, por isso, a premeditação da morte da sogra.

O cúmulo jurídico de 16 anos de prisão é resultante da condenação pelos crimes de homicídio simples agravado (13 anos), homicídio qualificado na forma tentada (8 anos) e homicídio simples na forma tentada (4 anos).

O arguido foi ainda condenado ao pagamento de uma indemnização de 60.400 euros à filha da vítima, Cristina Rodrigues.

Em declarações aos jornalistas à saída do tribunal, o segundo filho da vítima, Marco Rodrigues, mostrou-se insatisfeito com a pena atribuída.

A sua irmã, que não compareceu na audiência, assim como as sobrinhas, que também estavam em casa no dia do crime, continuam a ter acompanhamento clínico, referiu.

Continue a ler esta notícia

Mais Vistos

EM DESTAQUE