Ministério Público pede pena suspensa para "Quina Carteirista" - TVI

Ministério Público pede pena suspensa para "Quina Carteirista"

Justiça (iStockphoto)

A mulher de 85 anos foi apanhada em flagrante a furtar uma carteira durante o cortejo académico no Porto, no ano passado. A idosa já foi detida dezenas de vezes, tendo sido condenada por crimes similares

O Ministério Público (MP) pediu pena suspensa para uma carteirista de 85 anos, do Porto. A mulher, conhecida como "Quina Carteirista ", foi acusada de furtar uma carteira durante o cortejo académico no Porto, no ano passado. A idosa já foi detida dezenas de vezes, tendo sido condenada por crimes similares.

O furto ocorreu durante o desfile do Cortejo Académico do Porto, a 3 de maio. A arguida foi então apanhada em flagrante por agentes da PSP a furtar a carteira a uma mulher que assistia ao desfile da neta.

A procuradora do MP do Tribunal de Pequena Instância Criminal do Porto justificou a necessidade de uma pena suspensa pelo facto de a arguida ter condenações pela prática do mesmo crime, não lhe tendo “servido de lição”.

Durante o julgamento, que hoje se iniciou, a arguida negou a acusação.

“É tudo mentira, nunca roubei nada a ninguém”, realçou.

A suspeita explicou que ia apanhar o comboio quando deu um pontapé no que parecia ser um telemóvel, mas depois viu que era uma carteira e garantiu que ia entregá-la à polícia.

Por seu lado, a vítima contou que estava a assistir ao cortejo tranquilamente e que não se apercebeu de nada, tendo sido os agentes policiais a avisá-la do sucedido. E realçou: “tinha 25 euros no porta-moedas, um terço e duas imagens de santas”.

Durante os seus depoimentos, os agentes da PSP explicaram que andavam a fazer vigilância durante o cortejo dado haver muita gente e avistaram a arguida - que já conheciam e já haviam detido em 2015 também no desfile a furtar a carteira a uma senhora de 92 anos - e seguiram-na, apanhando-a a furtar uma carteira.

Nessa altura, a vítima desistiu da queixa, fazendo com que a suspeita não fosse a julgamento.

A arguida, residente em Ermesinde, no distrito do Porto, já foi detida dezenas de vezes, mas nunca cumpriu pena de prisão efetiva, tendo condenações a penas suspensas e penas de multa.

Julgada pela quarta vez, a alegada carteirista já foi condenada a penas suspensas de dois e três anos, duas remíveis a multas de 300 e 360 euros.

A leitura da decisão judicial ficou agendada para dia 25 de maio às 10:00.

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