Notícia TVI: buscas à família do 'rei dos táxis' por esconderem fortuna de Rendeiro - TVI

Notícia TVI: buscas à família do 'rei dos táxis' por esconderem fortuna de Rendeiro

  • Henrique Machado
  • Notícia atualizada às 12:25
  • 3 nov 2021, 09:01

Em causa está a compra e cedência de um apartamento de 1,1 milhões de euros por parte do motorista do ex-banqueiro

A Polícia Judiciária e o Ministério Público apertam a malha em torno da alegada teia de favorecimentos ao ex-banqueiro João Rendeiro, atualmente em fuga para não cumprir a pena a que está condenado no caso BPP, e, sabe a TVI, dezenas de inspetores da PJ estão esta manhã a fazer buscas, entre outros, ao ex-motorista de Rendeiro, Florêncio de Almeida, suspeito do crime de branqueamento de capitais.

Em causa, sobretudo o facto de ter comprado um apartamento na Quinta Patino, em Cascais, junto à mansão do patrão, por 1,1 milhões de euros, a pronto pagamento, cedendo depois o usufruto do mesmo à mulher de Rendeiro, Maria de Jesus. A investigação acredita que o fez de forma dissimulada com o dinheiro do patrão. 

De resto, também o pai de Florêncio, com o mesmo nome, presidente da ANTRAL e conhecido como "o rei dos táxis", está a ser investigado no mesmo processo, que corre termos no DCIAP, e pelo mesmo crime - branqueamento -, por outro negócio de que há  suspeitas de ser simulado: a compra de uma casa dos Rendeiro, em 2015, por um valor abaixo dos preços de mercado e o facto de a ter revendido três anos depois por cinco vezes mais. Com isto, o presidente da ANTRAL e o filho ganharam mais de 520 mil euros.

Também a mulher de Rendeiro, Maria de Jesus, é suspeita no mesmo processo - não só pela alegada conivência nestes esquemas de branqueamento com negócios imobiliários mas também por, enquanto fiel depositária, ter permitido que o marido vendesse obras de arte que estavam apreendidas pela justiça, trocando as mesmas por outras que terão sido falsificadas, enganando a mesma justiça.

No total, foram executados 14 mandados de busca: 11 buscas domiciliárias e 3 buscas não domiciliárias. O objetivo era recolher provas relacionadas com as práticas criminosas sob investigação.

A ação desenvolveu-se em Lisboa, Oeiras, Estoril e Alcáçovas, contando com a participação de cerca de cinquenta inspetores e peritos da PJ.

Estão em causa suspeitas da prática dos crimes de branqueamento, falsificação e descaminho, relacionados com o acervo de obras de arte.

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